Editorial: Transparência

Editorial: Transparência

Durante anos, desde o início da operação de recuperação de activos, os angolanos se têm batido energicamente para obter, sempre que necessário, informações sobre os valores e os bens apreendidos pelo estado angolano.

Tendo em conta que os bens delapidados pertencem a todos, os cidadãos, até os menos atentos, sentem algum conforto quando se lhes é dado a saber os números, como o fez esta Terça-feira, 30, durante a abertura do ano judicial o procurador-geral da república, Hélder Pita-Groz.

Mais de 5 mil milhões de dólares foram recuperados, parte dos quais em bens móveis e imóveis, o que demonstra acção das autoridades, embora se reconheça que ainda exista pelo mundo, sobretudo em paraísos fiscais, outras centenas ou milhares de milhões de dólares que muita falta fazem à economia angolana.

Claro que para alguns os números podem não dizer muita coisa. Mas foi necessário algum trabalho para que se devolvesse aos angolanos o que se vai conseguindo, depois de muitos terem fugido ao processo de repatriamento voluntário.