O cinema da conspiração “vacinologista”

O cinema da conspiração “vacinologista”

A vida é tão misteriosa que, às vezes, só a entende quem não leva a sério a maioria das coisas. Hoje o que mais tem frustrado a humanidade é o próprio homem. Este é o ente mais confuso deste cosmo algum dia criado. Se disser algo agora, nega mais tarde. Maquina o mal só para ter o domínio do seu semelhante. Talvez não fosse mal que alguém nos tenha sobre seu domínio. O erro está em querer dominar o outro a ponto de o tornar num escravo, pior ainda se a escravidão for mental, porque todo aquele que tiver domínio sobre a nossa mente, nos terá na totalidade. Com essas atitudes dá-se que alguns, nesta terra, nasceram somente para serem personagens figurantes, para assistirem a teatros dos outros.

É preciso que instruamos a nossa mente a não ser fanática ou dogmatizada por quem seja. De igual modo, precisa-se de paciência e resiliência para enfrentar essa confusão que o homem tem vindo a implatar nos nossos cérebros. Os comportamentos depressivos, a ansiedade e a hipertensão são características de muitos, sem que alguns saibam disso, mediante a essas desnecessárias desinformações que se tem dito por aí. Diante de uma sociedade na qual a hipocrisia é palavra de ordem e a especulação é tida como comandante, ninguém pode estar bem mentalmente. O mundo está a se tornar num palco onde qualquer pessoa quer apresentar as suas idiotices. Em 2019, por exemplo, fomos assolados pela pandemia da Covid-19, doença que num curto espaço de tempo dizimou muitas vidas.

O mundo, por algum momento, temeu pela sua extinção, a vida no planeta estava na iminência de ser extinta. Não importava qual fosse a ideologia ou o status social, o facto era que não se falava de outra coisa senão do vírus fugaz e assazmente mortal. O mundo se tinha tornado numa aldeia abandonada. O que girava na mente dos grandes e pequenos homens da sociedade era a possibilidade da cura, aquilo que seria a arma metralhadora para aniquilar o inimigo invisível, conforme foi caracterizado. Nós, os que nada sabemos fazer, além de criticar, ficávamos confinados para não atrapalharmos o serviço de quem sempre teve o ensejo de lutar para o bem comum. Tempos volvidos, parecia que a solução estava ainda longe de ser alcançada pelos humanos. Havia até aqueles que almejavam fazer uma viagem planetária, já que o cenário viral havia abrangido todo planeta terra. Quem tivesse dinheiro sonhava ir a marte, enquanto outros morriam às moscas em toda a parte do mundo.

Os pobres, por viverem sempre das migalhas dos que têm, eram indiferentes à morte por essa doença, só queriam não morrer de fome, por isso eram, às vezes, desobedientes às autoridades. Houve até momentos que estes pensavam que fosse o momento das suas redenções, jamais queriam apaziguar essa realidade com qualquer coisa que fosse. Aceitar era a solução. Graças à união e os esforços da mesma humanidade, conseguiu-se criar aquilo que traria a esperança a todos aqueles que conseguissem sobreviver antes que fosse criada a primeira solução. Criou-se, assim, a primeira vacina, seguiu-se a segunda e assim sucessivamente. Hoje já se pode perspectivar um amanhã glorioso, embora para o nosso contexto angolano, as doenças da fome, da pobreza, da miséria nos matem já todos os dias e não haver vacinas para nos curar delas.

Mas quando se olha para uma pessoa hoje, pode ser criança, jovem até mesmo um idoso, vê-se neles um sorriso de esperança e alegria. Só que nesta demonstração de felicidades, há, entre nós, aquele grupo de que gosta implantar dúvidas, inseguranças ou medo na mente de quem já sofre só pelo facto de ser um ente neste planeta. A esta gente, dizemos-lhe, parafraseando o meu professor: que tudo deve cooperar para o bem comum, ainda lembrá-los de que << os mesmos que criaram as vacinas, são os mesmos que criaram aviões e as naves. Por outro lado; o windows, Android, o Iphone também foram produzidos por eles. Finalmente, este texto está a ser lido por intermédio de uma tecnologia criada por eles>> (Francisco Chimuco). Portanto, esqueçam-se das teorias da conspiração e deixem de implantar dúvidas e medo nas mentes da população. O que se quer, após a confusão pandémica, é senão paz, calma, tranquilidade e esperança em dias melhores.

POR: Gabriel chinanga