Angola defende implementação da cultura de paz para atrair investimentos em África

Angola defende implementação da cultura de paz para atrair investimentos em África

Angola, por via do secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades, Domingos Vieira Lopes, entende ser necessário que os Estados-membros da União Africana trabalhem cada vez mais no sentido de aprofundarem o conhecimento sobre a realidade dos povos, apostando no diálogo como a melhor forma de dirimir os conflitos que ainda apoquentam o continente

O secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Vieira Lopes, defendeu, ontem, em Luanda, a necessidade de os países africanos adoptarem para a cultura de paz de modo a desenvolverem o continente que ainda regista focos de instabilidade.

O governante, que falava à margem do seminário sobre “O papel da diplomacia angolana na promoção da cultura de paz”, apontou que a adopção da cultura de paz poderá abrir espaços para que os investidores estrangeiros invistam no continente.

De acordo com Domingos Vieira Lopes, África tem necessidade de apostar na massificação de projectos que possam reforçar a industrialização para agregar valor aos principais produtos de exportação.

Para a realização deste desiderato, frisou, é necessário que se aposte na adopção de princípios que tenham como finalidade a implementação da cultura de paz e estabilidade social. Para o também embaixador, é preciso que os Estados-membros da União Africana trabalhem cada vez mais no sentido de aprofundarem o conhecimento sobre realidade continental e dos povos.

Cultura do diálogo

Por seu lado, o embaixador Itinerante e coordenador do Comité Nacional de Gestão da Bienal da capital angolana, Diekumpuna Sita José, referiu ser necessário alargar e implementar a cultura de paz no continente para estimular mudanças. Para Diekumpuna Sita José, o objectivo fundamental dos líderes africanos deve ser em torno do alcance de uma conciliação douradora.

Conforme explicou, para se evitar a instabilidade é necessário a mudança de comportamento individual e colectivo que devem ser acompanhados da tolerância, conciliação e da cultura do diálogo. Por sua vez, o coordenador internacional da Bienal de Luanda, Vicenzo Fazzino, enalteceu o investimento feito pelo Governo angolano na primeira edição da Bienal de Luanda, realizada de 18 a 22 de Setembro de 2019 e que reuniu 16 países africanos e 600 participantes internacionais.

A Bienal de Luanda é uma plataforma para promover a diversidade cultural e a unidade africana, um lugar propício para intercâmbios culturais e intra-africanos.

O evento acontece a cada dois anos. Reúne actores e parceiros de um movimento pan-africano para a prevenção da violência e dos conflitos, em prol da consolidação da paz.

Com Angop