Roubei para brevíssimas quatrocentas e oitenta e três palavras aquela que é a designação do relatório apresentado anualmente pelo presidente do Estados Unidos da América, Estado da União, que para nós deste lado tem uma designação mais próxima, Estado da Nação, só porque os termos e o tempo a que nos estamos a enrolar suscitam saber, neste tão atribulado trimestre primeiro do ano dos supostos cumprimento de promessas e do começar andar, nos atiraram às coisas de combater o que nem nos imprevistos colocamos como verdade. Mas é assim mesmo, viver uma vida de homens supostamente tão evoluído como nós, o que tem de bom tem de traiçoeiro!
A visita do Covid-19 vem nos fazer repensar a nossa forma de nos acharmos Homens desenvolvidos e preparados, nos gritar, bem à porta dos ouvidos, que não, não somos tão fortes como nos gostamos de iludir; nos dizer que devemos nos permitir à correções seja dos hábitos de lanhar com vaidades a nossa pátria seja a mania de nos dizermos poderosos só porque marte já conhece o barulho dos tambores da nossa pobre existência. Chega, é hora de nos aceitarmos Homens e olhar com profundidade a esta nossa tão desorientada existência!
A hora de repararmos ao nosso estado de união é agora, a união inerente a nós, Humanidade, que o poder financeiro, o poder político e tantos outros males cognominados com a porca beleza de palavras como Poder roubaram. Neste estado de emergência mundial, nessas forçadas quarentenas, estamos livres para olhar em como as armas nucleares e todas armas do tipo e outras artimanhas não nos conseguem doar nem só duas gotas de álcool em gel sequer ou, pelo menos, nos acordar desta sonolência sem nome.
Saibamos então que perceber como nos desafia o tempo e todos os seus acasos nos levará a marchar quais pardais alegres sobre o tapete do mundo, nos levará a entender que somos tão dependentes um do outro que o português mais português anda, nestes tempos de ficar em casa, tão desejoso que o angolano mais angolano fique em casa e tenha em conjunto todos outros cuidados contra a Covid-19.
Afinal a paz e o bem-estar mundial também dependem de um pacato qualquer de África ou outro “Zé Ninguém” da cochinchina?! Não há mentira que nos deixe fora da verdade de que o mundo anda tremebundo como nunca mais esteve e tão suado como só conseguem os frágeis. Sim, o que tem a humanidade de forte tem de fraca e, por força desta tragédia comum, apercebemo-nos do quão frágeis e quão ligados somos. Contudo está na hora de aprendermos, se ainda não o fizemos, se não for pela nobreza da reflexão que seja por esta tragédia, tal como sugeriu Confúcio.
POR: Kaz Mufuma