Câmara de Comércio Angola-Brasil reconhece empreendedorismo da juventude angolana

Câmara de Comércio Angola-Brasil reconhece empreendedorismo da juventude angolana

A Câmara de Comércio Angola-Brasil reconhece crescimento do empreendedorismo no seio da juventude angolana e promete continuar a prestar o seu apoio em matérias de capacitação e formação, com vista a tornar os jovens nacionais, cada vez mais independentes e autónomos financeiramente

Numa entrevista concedida em exclusivo ao jornal OPAÍS, a presidente da Câmara de Comércio Angola- Brasil destacou os avanços que os jovens angolanos alcançaram a nível do empreendedorismo numa era totalmente digital.

Camila Silveira disse que apesar do actual momento pouco abonatório por que passa a economia mundial e do país em particular, os jovens, têm sabido dar a volta à situação e encontrar, nas dificuldades uma oportunidade que, segundo disse, só precisa ser apoiada.

Sem adiantar números, a responsável disse que o crescimento neste sector é relativamente maior, em função dos crescentes casos de encerramento de algumas empresas, por força da crise económica agravada pela Covid-19.

“O numero de angolanos que iniciam este caminho nos seus próprios lares e sem nenhuma cultura empreendedora de maneira individual, claramente, a se jogar a uma aventura empreendedora sem outras opções de renda tem disparado em comparação ao ano anterior”, disse.

Ainda assim, a presidente da Câmara de Comércio Angola-Brasil, recomenda aos jovens a prestarem uma maior atenção às informações disponíveis nas plataformas digitais, que não reúnem requisitos dignos de serem seguidas, já que muitas delas não possuem conhecimentos sólidos relativos às matérias que se predispõem a transmitir.

Por este facto, Camila Silveira, afirma que o empreendedorismo deve ser apoiado, quer pelas famílias, quer pelas instituições do Estado, com acções concretas e políticas direccionadas.

“Com a insegurança dos mercados e mudança da estabilidade dos empregos devido à invasão tecnológica e diversos outros factores o mercado empreendedor segue em pleno crescimento e faz cada vez mais parte da busca de realização pessoal e de sustento financeiro único das pessoas. Por outro lado, as estatísticas de insucesso neste caminho continua a ser de 1 entre 4 empresas que abandonam o seu sonho nos primeiros 2 anos de actividade. Por essa razão, as famílias e os governos devem prestar maior atenção a este sector, para que os jovens possam deixar de pensar que só o Estado ou uma grande empresa privada pode gerar emprego”, recomendou.

De modo a dar o seu contributo neste sector, Camila Silveira revelou que a instituição que dirige traçou para este mês dedicado à juventude angolana um conjunto de acções viradas à formação dos jovens, com particular realce às mulheres, dada a sua vulnerabilidade.

Entre as acções que a Câmara de Comércio Angola-Brasil está a desenvolver no país, consta ainda a abertura, nos próximos tempos, de uma biblioteca na província do Cunene, com vista a incentivar aos jovens e não só o gosto pela leitura.

João Katombela, na Huíla