Saudações, caro coordenador e jornalistas do magnífico OPAÍS!
O surgimento da Covid- 19 obrigou-nos a fazer o uso de mais um utensílio, no sentido de evitar a rápida contaminação e propagação da mesma. Tudo se deu quando os entendidos na matéria sobre a saúde, provaram que, usando-o, teríamos menos possibilidade de vir a ser contaminados por este mal que ceifou e continua a ceifar vidas a nível mundial. Tal utensílio denomina-se máscara.
Apesar da coercividade imposta por algumas instituições, como é o caso da Comissão Multissectorial e a Polícia Nacional, muitos são aqueles que, com muito agrado abraçaram o conselho, no sentido de salvar vidas. Como não há/havia condições para que se fizesse a distribuição das máscaras cirúrgicas em todo território nacional, tendo em conta as dificuldades que o país enfrenta em termos financeiros, que mais tarde se repercutiu na aquisição de materiais de biossegurança e não só, fomos aconselhados a fazer o uso das máscaras artesanais (depois de aprovado pelos especialistas) no sentido de colmatar o vazio que se verifica(va) em certas localidades do país.
Entretanto, as tv’s e rádios, sempre noticiaram e mostraram que, o país comprava e recebia doações de biossegurança para acudir a situação. Parece que à população não importava o destino das máscaras cirúrgicas. Cogito que seja porque achavam que, usando as máscaras artesanais estariam melhor protegidos contra a Covid-19, aliás, o preço era/é módico e têm/tinham mais durabilidade. Ok, até aí tudo bem! O que é que me preocupa, caro coordenador? É o facto de nos últimos dias, ver máscaras espalhadas pelas ruas de Luanda e a serem vendidas no valor de 50, 75 e 100 kz. Quer dizer, espalhada neste sentido, talvez seria normal, independentemente de como foram parar lá e quem os autorizou.
Inquieta- me mais o facto de que, depois de usadas pelos compradores, têm como destino, a rua. Em tudo quanto é canto de Luanda, verificam-se máscaras usadas no chão. As questões que não se querem calar são: será que as autoridades estão a par da situação, será que a população sabe do perigo de ter as máscaras usadas (talvez por um portador da doença) espalhadas nas ruas? O que têm feito, para pôr fim a esta situação? Por fim: como é que as máscaras foram parar às ruas? Para o bem-estar da Nação, precisamos corrigir o que está mal…
Por: Valentino Frederico,
Camama-Talatona