É de hoje…Ilegal é ilegal

É de hoje…Ilegal é ilegal

Pseudos inconformismos foram lançados estes dias por causa de uma decisão das autoridades angolanas, através do Serviço de Migração e Estrangeiros, no sentido de alguns pastores ou cidadãos ao serviço da então liderança da Igreja Universal do Reino de Deus abandonarem o território angolano.

Foram vários os argumentos evocados, com prós e contra, havendo, inclusive, muitos que apontavam para uma suposta rispidez na acção dos angolanos, deixando-se de lado o facto de os cidadãos em causa estarem em situação migratória ilegal, à semelhança de outros que diariamente no país são mandados de volta para os seus países de origem.

Independentemente das relações profundas de amizade existentes entre Angola e o Brasil, na relação entre a então liderança da Igreja Universal do Reino de Deus e as autoridades angolanas existiram vários casos que se levados à risca dificilmente muitos resistiriam à tentação de querer permanecer neste país.

Devido à práticas inamistosas, muitas das quais acabaram por lesar física e moralmente dezenas ou até mesmo milhares de cidadãos angolanos, suas famílias e bens, se fosse noutros países africanos que bem conhecemos não haveria, sequer, quem ousasse reclamar até mesmo numa posição de ilegalidade.

No dia de ontem, através de alguns fiéis da mesma igreja, começaram a circular informações que davam como certa a hipótese de alguns dos missionários não quererem abandonar o país, apesar da situação migratória em que se encontram.

A estratégia, ao que tudo indica, passará pela provocação de um sentimento de comoção junto das autoridades angolanas, assim como da própria comunidade internacional.

Não há dúvidas de que a passagem da igreja a responsáveis angolanos, alguns dos quais provavelmente coniventes com as práticas nefastas do passado, seja um sério revés nas hostes de Edir Macedo e pares.

Os cerca de 100 milhões de dólares que se dizia serem arrecadados anualmente em Angola, sendo grande parte destes montantes transferidos para o exterior através de métodos cavilosos, farão muita falta aos cofres da organização em alguns países em que estão ramificados.

Estas e outras malabarices, por si só, são suficientes para processos que poderiam de alguma forma servir de mote para o julgamento, prisão e, possivelmente, expulsão de alguns cidadãos estrangeiros, assim como também o encarceramento de outros angolanos que participavam nos mesmos esquemas.

Por enquanto, o que está em causa é a ilegalidade em que se encontram alguns ditos missionários. Tanto aqui como no Brasil sabemos o que acontece com quem esteja ilegal.