Executivo reafirma compromisso de acabar com a fome e a pobreza até 2030

Executivo reafirma compromisso de acabar com a fome e a pobreza até 2030

Em Julho, Angola vai apresentar nas Nações Unidas, o seu primeiro relatório de Desenvolvimento Sustentável para a implementação de 17 objectivos em que constam, também, a promoção da saúde e bem-estar, educação de qualidade, água potável e saneamento

Segundo o ministro da Economia e Planeamento, Sérgio Santos, erradicar a fome e a extrema pobreza no país faz parte da meta a ser cumprida na presente década, um aspecto que segundo referiu, faz parte da agenda interna do actual Executivo.

Sérgio Santos fez esta afirmação durante o Workshop de Avaliação do Esboço do 1º Relatório Voluntário dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que Angola prevê entregar à Organização das Nações Unidas (ONU) em Julho do corrente ano.

O referido relatório deve espelhar os principais desafios e uma oportunidade para cada um dos países signatários para alcance de um nível melhorado de desenvolvimento para os povos, seguindo os 17 objectivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

A década de acção, como está definida, é, para Sérgio Santos, um desafio para o Governo angolano que faz parte do Conselho Económico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo mandato termina este ano. “Esta década é crucial. No ano 2030 teremos concluído esta estratégia internacional de elevar o nível de vida dos povos”, garantiu Sérgio Santos.

O governante disse que não se pode deixar o ano de 2021 sem apresentar o relatório nacional voluntário que dignifica Angola, onde se prestará também atenção às questões ambientais. O relatório deve espelhar o que o país está a fazer para implementar os 17 objectivos como a erradicação da fome, pobreza extrema, promover a saúde e bem-estar, dar educação de qualidade e água potável e saneamento.

Primeiro relatório em seis anos

Apesar de ser subscritora da Agenda de Desenvolvimento Sustentável desde o seu início, em 2015, é a primeira vez que Angola vai apresentar um relatório, diferente de muitos países da organização que entram para o seu quarto documento.

Questionado sobre as razões do atraso de Angola na apresentação de relatórios, o director Nacional para Integração, Cooperação e Negócios Internacionais do Ministério da Economia e Planeamento, António Pombal, justiçou que os governos anteriores tiveram outras prioridades.

Entretanto, António Pombal disse que ainda existem nove anos pela frente para se criar bases para o Desenvolvimento Sustentável em Angola. “Mas nunca é tarde desde que nós consigamos apresentar o primeiro relatório”, considerou o responsável.

As acções para o cumprimento da Agenda 2030, em Angola, estão enquadradas no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, sob tutela do Ministério da Economia e Planeamento.

Em 2015, o país juntamente com outras 192 nações, comprometeu- se no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, com a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, que tem como ponto central 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e suas 169 metas.

A Agenda 2030 e os ODS representa desafios e exige uma acção colectiva e articulada de todos os parceiros de desenvolvimento, sob a liderança dos governos, para garantir que ninguém seja deixado para trás.

A nova agenda de desenvolvimento sustentável amplia o compromisso dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), e traz um novo desafio, tanto em abrangência quanto em complexidade, bem como em interdependência e sinergias.