Luís Nunes confirmado novo primeiro secretário do MPLA em Benguela

Luís Nunes confirmado novo primeiro secretário do MPLA em Benguela

Seiscentos e noventa delgados à V Conferência Provincial Extraordinária do MPLA, realizado sábado, 17, no pavilhão multiusos de Benguela, elegeram o candidato Luís Nunes ao cargo de primeiro secretário dos camaradas

Luís Nunes substituiu no cargo Rui Falcão, que dirige, actualmente, o departamento de Informação e Propaganda do Bureau Político do Comité Central, em acto presenciado pelo coordenador do grupo de acompanhamento para a província, general Pedro Neto.

Na sua primeira intervenção, o novo secretário provincial do MPLA em Benguela defendeu a necessidade de o partido se manter unido e coeso, por serem estas peças fulcrais que vão permitir ao partido alcançar os seus objectivos políticos.

De acordo com Nunes, o momento actual vai exigir dos militantes nesta parcela do território muita ponderação, tendo em conta os novos desafios, a começar pelas eleições gerais de 2022.

Para que o partido materialize os seus objectivos, apelou à JMPLA, braço juvenil do MPLA, que trabalhe fortemente na componente da mobilização de mais membros para as fileiras do partido.

Na perspectiva do agora primeiro secretário, a dedicação e a experiência desta organização são as chaves para o sucesso da missão do MPLA, que passa, necessariamente, por ganhar as eleições de 2021. De tal sorte que Luís Nunes considera imperioso que se continue afinar a máquina mobilizadora do partido e, neste sentido, os mais de 300 mil militantes em Benguela são chamados para o cumprimento da directiva segundo a qual a cada militante cabe mobilizar “mais um. E devemos unir sinergias para trabalhar e fazer mais e melhor”, refere.

De acordo com Luís Nunes, a força do seu partido reside na capacidade de se adaptar aos diferentes processos, daí que tenha apelado aos órgãos sociais do partido, nomeadamente JMPLA e OMA, a continuarem a desempenhar o seu real papel de vanguarda e mobilizadora da sociedade benguelense.

Reafirma a ideia de que o combate à bajulação, à corrupção e a todas práticas nocivas que, em certa medida, põem em causa o bem-estar social, são para continuar.

Falcão deixa ‘M’ convicto numa vitória em 2021

O primeiro secretário-cessante do comité provincial do MPLA em Benguela manifesta-se confiante na vitória do MPLA em Benguela, ressaltando, porém, que a aludida praça eleitoral é e continuará a ser dominada pelo seu partido.

Rui Falcão refere que há, em Benguela, políticos que continuam a vender a “banha de cobra” e a fazer sofrer o povo.

Rui Falcão diz ter feito o melhor de si e cessa as suas funções com a convicção de ter cumprido as suas tarefas e criadas as condições objectivas para os camaradas vencerem as eleições gerais em 2022.

Todavia, a avaliação do seu desempenho deixa a critério dos seus camaradas. Segundo Rui Falcão, em Benguela, uma vez mais, “seremos vencedores. Como diz o nosso povo, Benguela é e continuará a ser sempre do MPLA. Aqueles que continuam a vender banha da cobra e a maltratar o nosso povo, como têm feito, um pouco por o todo o país, quando conta derem conta ‘já está’’, enfatiza.

O político solicitou aos seus camaradas que prestem toda a ajuda de que o agora secretário possa vir a precisa, de modo a que possa conduzir bem os destinos do MPLA na praça eleitoral de Benguela.

“Temos muito coisa que concretizar, no domínio do processo orgânico do oitavo Congresso Ordinário e na preparação das quintas eleições gerais e a realizarem-se em 2022” disse, tendo pedido união e solidariedade, a fim de que se consiga alcançar nos seus objectivos políticos.

Intervindo no encerramento dos trabalhos, o coordenador do grupo de acompanhamento do Bureau Político do Comité Central para o Comité Central, Pedro Neto, considera o oitavo congresso do partido, que vai reafirmar a liderança do Presidente João Lourenço, e as eleições gerais de 2022 como principais desafios do partido para os próximos tempos, por isso diz ser necessário que se trabalhe na preparação destes dois importantes eventos, para que sejam coroados de êxitos.

“O partido tem de adoptar uma postura mais proactiva, tendo em conta os novos desafios. A nossa mobilização deve estar virada para a juventude e antigos combatentes e seus descendentes. Temos muitas tarefas, por isso vamos fazer mais e falar menos”, considera.

Constantino Eduardo, em Benguela