O mundo governado pela crença no sobrenatural: reis e presidentes dependentes das estrelas e de magia

O mundo governado pela crença no sobrenatural: reis e presidentes dependentes das estrelas e de magia

Afonso X, o Sábio, rei do império visigótico, com sede na região de Toledo (considerada a cidade mais espiritual de Espanha),um povo de origem germânica que dominou a Espanha, antes da ocupação árabe, apoiou-se no culto aos astros para governar. Este rei espanhol baseou o seu hábito de consultar astrólogos, na cultura egípcia e persa (os persas eram o povo que deu origem aos actuais iraquianos). Por exemplo, o califa Almançor, fundador de Bagdá, actual Iraque, mandou construir a cidade de forma circular, acreditando que desse jeito, protegeria os cidadãos, baseando-se nos astros. Afonso X, o Sábio, aplicou-se profundamente em estudos da astrologia, tendo traduzido livros sobre magia e talismãs, sobretudo de origem árabe.

Com esses conhecimentos, deu origem ao livro “Picatrix”, que ensinava todas as matérias sobre magia, feitiçaria, etc. Apesar de ser o maior promotor desses costumes, tendo decretado, inclusive, o uso oficial dessas fontes, punia aqueles que ele considerava praticantes de “magia negra”. A construção de obras artísticas, de várias cidades espanholas e outras obras eram feitas segundo crenças nas estrelas. Vale lembrar que o período visigótico, na Europa, com maior incidência na Espanha, deu origem a estilos de construção, literatura e artes plásticas, chamadas de góticas, sendo consideradas por muitos, como pagãs.

Exemplo do gótico na arquitetura, são os castelos e igrejas: com torres altas, estreitas, pouco iluminados e geometricamente, quadrados, basta lembrar dos filmes de vampiros e da catedral de Notre Damme, a que se incendiou em França, há quatro anos. Assim, eram outras artes. Teorias defendem que muitas obras em pintura de artistas famosos da época, como Leonardo Da Vinci, eram códigos mitológicos que escondiam segredos dos reis e papas. Alguns desses líderes mandaram construir caves para guardar obras com esse efeito. Era uma época em que os maiores mecenas (patrocinadores) das artes eram os líderes religiosos e a monarquia. Será por mera apreciação? Napoleão Bonaparte, que se autoproclamou imperador de França, consultou vários astrólogos para definir as suas estratégias como general conquistador; teve o seu nome descodificado por um adivinho, em 1798: Napoleão Bonaparte= A BOA= “bona” PARTE DO LEÃO, sendo “leão” o seu signo.

Pelo que a história narra, teve sucesso nas guerras que travou e, mesmo quando perdia batalhas, declarava-se vencedor por acreditar que era predestinado ao sucesso. Napoleão tinha fixação pelo Egipto, de onde vários líderes do passado, como os gregos e romanos aprenderam sobre astrologia e outras matérias, chamadas “mistérios egípcios”. Nesses séculos, a grande deusa egípcia era Isis, deusa negra que, quando os romanos passaram a criar imagens iconográficas (imagens desenhadas, produzidas em barro ou metais que retratam seres mitológicos ou imaginários) para a expansão católica romana, transformaram o culto a Isis, no culto a Maria, mãe de Jesus, para ofuscar as crenças dos egípcios nessa deusa.

Porém, mesmo transferindo a adoração à deusa africana para a personagem bíblica, continuaram a adorá-la (Isis) sob a forma de outras “senhoras santas”. Espanha, Itália e outros países têm, nas suas igrejas, imagens de uma senhora negra, que chamam de santa mas, com outros nomes, consoante a língua e cultura locais. A própria catedral de Notre Damme, significa Nossa Senhora. Nessa ordem, há quem defenda que a crença na mitologia egípcia por parte de líderes europeus, terá dado origem ao nome da capital francesa PARIS (PA= por ISIS) significando uma homenagem a ISIS. Vale referir, que quando os romanos conquistaram a actual Paris, em 52 a.C, século 3, o lugar tinha o nome de Lutèce, por ser uma cidade erguida em terras que produzia muita poeira. Nessa altura, era morada da tribo celta chamada PARISII. Por esse motivo, os invasores romanos, chamaram-na “a vila dos parisii”. Já na idade média, a própria Paris foi erguida com vários edifícios que simbolizavam crenças egípcias (quem for ao museu do Louvre verá que a entrada é a replica de uma pirâmide egípcia e a torre Eiffel, maior, símbolo de França, é igualmente uma pirâmide) só para dar dois exemplos.

A arquitetura da cidade de Paris, tal como a de Nova Iorque, nos E.U.A, tiveram os mesmos princípios arquitectónicos. Será que esses costumes ficaram no século 18? Veja alguns exemplos do século 20: Ronald Reagan, ex-presidente dos E.U.A, observou que muitos dos anteriores presidentes norte-americanos consultavam os seus adivinhos e astrólogos mas, os que não os tiveram, conheceram fim trágico. Reagan baseava as suas acções na astrologia. Durante a segunda guerra mundial, Hitler consultou astrólogos para o guiar nas tomadas de decisões ao invadir a Europa e buscou incansavelmente encontrar o santo graal dos templários para descobrir segredos que ele acreditava ter poderes e informações estratégicas para encontrar tesouros. O primeiro-ministro britânico, Wiston Churchill, ao criar estratégias para combater o exército alemão também buscou orientação de astrólogos. Mais recentemente, o ex-presidente francês, François Miterrand era um seguidor da astrologia.

POR: Miguel Manuel