Carta do leitor: A caipirinha do azar…

Carta do leitor: A caipirinha do azar…

Ilustre coordenador do jornal O PAÍS, saudações e votos de óptima Quinta-feira…

Na última semana, o bairro da Caop, em Viana, em Luanda, acordou com uma triste nova: a caipirinha do azar.

Uma bebida de fabrico caseiro, muito consumida entre os angolanos e um pouco pelo mundo.

Mas, esta, entre nós, ceifou vidas por ter sido adulterada e com substâncias nocivas.

No acto da sua fabricação, além do que tem sido misturado, na casa de fabrico artesanal colocaram na mesma Jet A1, combustível de avião, segundo os moradores e os médicos que atenderam os pacientes, depois de algumas investigações, acabaram por perder a vida.

Isso mostra a falta de responsabilidade que se vive em alguns pontos da província de Luanda. Mais de nove vidas foram para a outra dimensão sem apelo nem agravo, tudo por culpa de alguém que adulterou a bebida caseira. Na hora da verdade, muitos fugiram a responsabilidade, mas o hospital do Kapalanga recebeu muitos pacientes e em estado grave.

É muito triste ver irmãos partir por uma simples coisa, porque isto seria evitado se houvesse responsabilidade da parte do ou da fabricante artesanal.

Aliás, sabe-se que um dos membros da família também perdeu a vida na sequência de ter provado a caipirinha, cujas misturas resultaram numa bomba “relógio”.

Só me resta dizer: paz à alma das vítimas e que sejamos mais atentos às bebidas de fabrico caseiro, são boas, mas quando são “confeccionadas” por pessoas responsáveis, porque a tradição sempre prevalece!

Por: Augusto Tchiboba, Viana,
Luanda