Editorial: A dose de João Lourenço

Já não há dúvidas de que é preciso ter muito cuidado com aquilo que se escreve nas redes sociais, mesmo que as informações sejam partilhadas por políticos supostamente sérios. Guiados por interesses não tão inconfessos, depois da viagem feita ao Dubai, houve quem tivesse já dado como adquirido o facto de o Presidente da República, João Lourenço, ter tomado a primeira dose da vacina contra a Covid-19 naquele país.

Em consequência, houve quem o rotulasse, infelizmente, como anti-patriota e outros cognomes, uma situação que ganhou eco em vários quadrantes. Longe de um comunicado que pudesse desmentir as inverdades, as imagens passadas ontem demonstram claramente que valem mais do que mil palavras.

Como era de prever, é mesmo em Angola, no Paz- flor, onde todos os cidadãos em Luanda, independentemente da cor partidária, crença ou raça, se deslocou para tomar a vacina. Como tal, João Lourenço também lá foi, retirou a camisa, entregou parte do ombro para que lhe fosse administrada. Não a segunda, nem a terceira. A primeira mesmo, para que nos próximos dias receba também a segunda, respeitando os passos determinados pelas autoridades sanitárias.