Atropelo às regras pelos políticos pode levar ao descalabro de casos da Covid-19

Atropelo às regras pelos políticos pode levar ao descalabro de casos da Covid-19

Mesmo com as limitações impostas pelo Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública, na conquista do eleitorado, em ano pré-eleitoral, face as eleições do próximo ano, os principais partidos políticos continuam a realizar actividades de massa com ajuntamentos de centenas de pessoas e sem distanciamento físico, situação que poderá contribuir para as altas taxas da Covid-19 no país que conta, actualmente, com 34.960 casos positivos e 780 óbitos

Apesar de o país registar um momento sensível, face ao amento de casos da Covid-19, com o registo diário acima dos duzentos casos, o que já obrigou, por parte das autoridades, o aperto das medidas e regras de convívio social, ainda assim, o ano pré-eleitoral segue em marcha agitada com os partidos políticos a desdobrarem-se em actividades e ajustamentos de pessoas sem respeito pelo distanciamento, pelo que poderá ter consequências desastrosas no quadro sanitário do país.

Dados apontam que o país regista, actualmente, um numero acima dos 34.960 casos positivos e um número de mortes acima dos 780 casos. Porém, tendo em conta os números alarmantes, recentemente, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, veio à público dar a conhecer uma série de medidas restritivas que limitam os ajuntamentos de pessoas, sendo que, dentre as medidas, impõe que as actividades de carácter político em Luanda devem ser realizadas com um máximo de 50 pessoas.

Já nas restantes províncias a fasquia é de apenas 100 participantes. Apesar desta limitação, na busca de conquista do eleitorado, em ano pré-eleitoral, face as eleições do próximo ano, os principais partidos políticos continuam a realizar, normalmente, as suas actividades, com o registo de centenas de pessoas, sobretudo em espaços públicos.

A nível de Luanda, as zonas do Zango, Cacuaco, Benfica, Cazenga e Belas têm registado, nos últimos tempos, a movimentação em grande escala de actividades políticas de massa à luz do dia e sob olhar impávido das autoridades sanitárias e policiais.

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