ASMEA apela cidadãos a aderirem aos postos de vacinação

A Associação dos Médicos e Estudantes de Medicina em Angola (ASMEA), com sede em Luanda, está a levar a cabo uma campanha de sensibilização de todos os cidadãos nacionais e estrangeiros a afluírem massivamente aos postos de vacinas contra a Covid-19, criados um pouco por todo o país, para a garantia da sua imunização

O porta-voz da ASMEA, Júlio Tumbika, disse que, para servir de exemplo aos cidadãos, os membros desta Organização Não-Governamental, têm sido os primeiros a tomar a vacina.

Júlio Tumbika revelou que a iniciativa surge em consequência das constantes desinformações que circulam nas várias plataformas de comunicação, sobre a eficácia da vacina e os possíveis efeitos colaterais da mesma. Para provar o contrário, cerca de 90 por cento dos médicos angolanos já foram vacinados.

Segundo disse o porta-voz da ASMEA, existem cidadãos que fogem dos postos de vacinação, em função das falsas informações que são veiculadas, segundo as quais, a vacina é uma arma biológica para acabar com os africanos.“Existem muitas informações falsas, dentre elas, aquelas que dizem que a vacina pode provocar infertilidade e que pode matar dentro de dois anos. Há ainda quem diz que ela veio para matar os africanos”, frisou, sublinhando que tais mensagens são falsas.

O médico disse que uma vacina não é melhor que a outra, sendo que “a melhor vacina é aquela que chega primeiro ao braço do paciente”.

Por outro lado, Júlio Tumbika informou que a maior parte dos sintomas relatados são os esperados e não colocam em perigo a vida dos vacinados, ressaltando que as únicas pessoas que não podem receber a vacina são as que possuem um histórico de reacção alérgica grave como anafilaxia a um dos componentes da vacina, no caso da vacina AstraZeneca.

Em seu entender, todos as componentes da vacina AstraZeneca, como o cloridrato de L-histidina monoidratado, cloreto de magnésio hexaidratado, polissorbato 80, etanol, sacarose, cloreto de sódio e edetato dissódico di-hidratado (EDTA), devem passar o seu histórico à equipa médica em serviço para se evitar possíveis choques.

“Já pessoas com Covid-19 ou suspeitas, pessoas com crise de qualquer doença devem esperar um tempo. No caso de grávidas, lactantes ou que fazem o uso de anti-coagulantes podem receber a vacina mais com supervisão médica”, frisou.

Sobre os benefícios da vacina, Júlio Tumbika avançou que já é possível mensurá-los no país, através dos grupos prioritários definidos pelas autoridades sanitárias, com destaque para a classe médica.

Contou que em Novembro do ano passado, todos os profissionais de saúde estavam assustados devido ao grande número de mortes de colegas. “Todas as semanas escutávamos dois ou mais óbitos. Foi com o início da campanha de vacinação que sentimos uma redução no número de óbitos entre os profissionais da saúde e hoje mais do que nunca, sabemos que, a vacina é um aliado muito importante para vencermos a pandemia”, frisou. Acrescentou de seguida que “embora as vacinas nem sempre evitam a infecçao, são bastante efectivas em evitar casos graves e mortes”.

João Katombela, na Huíla