Governo procura plataforma para financiar micro-crédito

Governo procura plataforma para financiar micro-crédito

O Governo angolano está à procura da melhor plataforma para fazer chegar os recursos disponíveis da segunda fase de operacionalização da linha de financiamento de micro-crédito das “Medidas do Alívio Económico” aos empreendedores de todo país, informou, ontem,e o secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João

Mário Caetano João, que falava no habitual briefing com a imprensa, disse não estar satisfeito com a distribuição territorial dos projectos financiados através das sociedades de micro-créditos que receberam 2 mil milhões de kwanzas (Kz) na primeira fase, sendo necessário melhorar a actuação para os outros 2 mil milhões para a segunda fase.

“A primeira fase está praticamente concluída, mas não estamos satisfeitos com a distribuição territorial. Temos uma província que não viu um único kwanza de micro-crédito”, lamentou.

Mário Caetano João adianta que, desde a operacionalização da linha de financiamento de micro- crédito das Medidas do Alívio Económico, foram registados 2 387 pedidos num valor aproximado de Kz 5,6 mil milhões.

Informou que o produto financeiro “Decreto Presidencial 98/20” já permitiu a formalização de 1 322 micro e pequenas empresas, sendo que, até ao final de 2022, a meta prevista no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) é de 2 mil micro-empreendedores.

Para este ano, a programação é de 750 micro-empreendedores formalizados, sendo que, em 2021, já foram formalizados 1 072.

Por outro lado, fez saber que, em relação aos Agentes Municipais de Apoio ao Produtor (AMAP), foram formados 930 agentes, que estarão encarregues de fazer o registo dos produtores a nível nacional.

Já no âmbito do Programa de Capacitação às Cooperativas, Mário Caetano João adiantou que, na última semana, foram desenvolvidas 224 acções de capacitação.

Quanto ao Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi), adiantou que, na última semana, foram reportados três novos projectos aprovados em carteira dos bancos BIC, BFA e BMA.

De acordo com o responsável, com esses três projectos, encontram- se em negociação na banca 80 projectos nos seguintes instrumentos financeiros: “Aviso 10/20 do BNA” com 57 e “PAC” com 23 projectos.

Lembrou que, desde 2019, os instrumentos e produtos financeiros ao dispor do Prodesi viabilizaram a aprovação de 792 projectos, perspectivando aproximadamente 51 mil postos de trabalho.

No domínio do acesso ao mercado interno, adiantou que decorre o cadastramento dos produtores no Portal da Divulgação da Produção Nacional (PPN), sendo que, em termos acumulados, desde a sua operacionalização, o Portal comporta 12 964 produtores nacionais, mais 61 que na semana passada.

Quanto ao registo dos dados por categoria, no PPN constam os cereais (7.293), leguminosas e oleaginosas (5.787), raízes e tubérculos (5.840), hortícolas (4.745), frutas (2.273), indústria alimentar (919), agricultura diversa (741).

Constam, igualmente, as pescas com (604), indústria diversa (314), turismo (184), indústria de construção (208), indústria –higiene e limpeza (126), indústria –recursos naturais (111), apicultura (83), salinicultura (58), indústria – vidro (33), e indústria – têxtil, vestuários e calçados (32).

Em relação ao número de produtores registados no PPN por produtos prioritários no sector primário Mário Caetano João diz que constam o milho com (6.849), feijão (5.262), banana (1.364), soja (792), citrinos (705), cana-de-açúcar (420), arroz (370), cacusso (339), pesca marítima (295), café (328), ovos (225), abacate (198), dendém (50) e algodão (12).