Pesquisa revela que PRODESI, PIIM e Combate à Pobreza geraram mais de 800 mil empregos

Pesquisa revela que PRODESI, PIIM e Combate à Pobreza geraram mais de 800 mil empregos

820 mil cidadãos conseguiram emprego nos últimos três anos com a execução de programas estruturantes como o Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), entre outros, revela uma pesquisa realizada pelo Movimento Nacional Angola Avante (MONA)

Ao apresentar os resultados da pesquisa, recentemente, em Benguela, o presidente do MONA, Evaristo Vânio, disse que, entre os cidadãos acima mencionados, uma parte está a ocupar uma média de 168 mil postos de trabalhos gerados em áreas como o empreendedorismo, serviços de moto-taxista, venda ambulante, zeladores de chafarizes, gestão de moagens, corte e costura, pedreira, electricidade, canalização, pintura, agricultura e pescas.

Os dados foram avançados num encontro que o presidente do MONA, Evaristo Vânio, manteve com personalidades de vários estratos da sociedade civil benguelense. Para ser mais preciso, realçou que as constatações da sua instituição apontam que, em relação ao programa de combate à pobreza, de 2017 a 2020, mais de 200 mil jovens conseguiram o primeiro emprego.

“Significa que os 500 mil postos de emprego que foram prometidos, em 2017, nesta altura, o Movimento Angola Avante descobriu que foram gerados 820 mil empregos ao nível de todo investimento global do PIIM, PRODESI, Combate à Pobreza, ingresso nas Forças Armadas e a nível dos concursos públicos”, frisou. Falando para uma plateia composta por membros do Governo, autoridades tradicionais, académicos e demais segmentos sociais, no pavilhão Acácias, Sexta-feira última, Evaristo Vânio advertiu para a necessidade de os jovens não se focarem apenas em conseguir emprego na função pública.

Justificou, porém, que “todo aquele que luta para ser empregado do Estado, luta para ser pobre. Quem é empregado do Estado morre pobre, porque nunca se tornará independente”. Acrescentou, de seguida, que “o jovem tem que criar condições para ser empreendedor, ser empresário e ter autonomia financeira”. Sublinhou que, no seu ponto de vista, cabe ao Estado assegurar o acesso ao crédito, de modo a facilitar a vida dos jovens.

Os números e as preocupações institucionais Os dados do MONA surgem numa altura em que o Governo manifesta preocupação em relação ao facto de a Covid-19 ter destruído muitos postos de trabalho. Esta organização esclareceu que a pesquisa está focada em apresentar os feitos do Presidente da República, João Lourenço, nos últimos três anos.

Recentemente, em declarações à imprensa, em Benguela, a ministra de Estado para a Acção Social, Carolina Cerqueira, disse que o turismo estava entre os sectores mais afectados, mas sublinhou que, apesar da situação pandémica, o Governo não permitiu que o comércio fosse encerrado. Questionada se tinha ou não conhecimento dos dados do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola que apontavam para a destruição de 400 mil empregos nos últimos, a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, manifestou desconhecimento sobre os dados desta instituição de ensino superior.

Explicou que, apesar da situação económica, o sector de que é responsável tem vindo a registar a criação de novos postos de trabalho, fundamentalmente com o Programa de Apoio à Promoção de Empregabilidade (PAPE). Neste diapasão, a governante deu conta que, nos últimos anos, foram criados mais de 14 mil postos de trabalho.