São, no total, 84 mulheres ‘espalhadas’ pelas 18 províncias do país, que formalizaram candidatura ao concurso de beleza Miss CPLP Angola 2021, sob o signo “Ubuntu”, sendo que a gala de eleição está condicionada, com previsão entre Outubro e Novembro próximos, em Luanda
Para o concurso que escolhe a mulher mais bonita de Angola, entre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mais de 80 jovens mulheres, com idades entre os 18 e 35 anos, manifestaram a intenção de representar as províncias que compreendem o Norte à Sul e o Mar ao Leste de Angola, via online, ao procederem às candidaturas para o casting presencial, a ter lugar no Sábado, dia 31, no Hotel Palmeiras, em Talatona.
De acordo com o presidente executivo do respectivo comité, Chong dos Santos, o tema escolhido para a presente edição, “Ubuntu”, humanidade, na língua Zulu, recaiu por três pressupostos: “porque este é o mês de Nelson Mandela, a comunidade CPLP completou 25 anos, sendo que Angola agora está a presidir, e ainda por causa dos problemas sociais. Então, independentemente de todos os problemas, nós, juntos, podemos enfrentar os desafios sociais”, apregoou.
O interlocutor explicou, igualmente, que se inscreveram para o casting presencial, inicialmente, cerca de 200 mulheres de todas as províncias do país, sendo que algumas, mesmo ao residirem na capital, podem representar as suas terras de origem.
Realização da gala condicionada
Em conversa com este jornal, Chong justificou que a gala de premiação da mulher mais bela da lusofonia, referente ao ano em exercício, só está condicionada porque a organização aguarda pela actualização do decreto vigente, afecto à situação pandémica no país.
“Estamos a projectar a gala para Outubro ou Novembro, porque estamos a jogar com o Decreto. Por exemplo, o Decreto em vigor termina a 8 de Agosto, por isso estamos a realizar o casting no dia 3, porque não sabemos o que vai acontecer depois”, afirmou.
Concurso com um objectivo diferente
No decurso da conversa mantida com Chong dos Santos, o responsável garantiu que o Comité Miss CPLP Angola não é o melhor que os demais, porém tem um pendor diferenciado dentro do sector, sublinhando que as candidatas são preparadas para serem diplomatas, no âmbito da resolução dos problemas sociais, e que o comité que dirige se preocupa com a formação das jovens para a vida pós- concurso.
“O Comité Miss CPLP não é o melhor, mas faz sempre algo diferente, porque o nosso principal objectivo nunca foi formar as candidatas só para as galas. O nosso foco é formar as candidatas para depois das galas, como pessoas extraordinárias, por isso é que temos as aulas de coaching, de inteligência emocional, de português, de etiqueta, de empreendedorismo e muito mais”, esclareceu o responsável.
Os júris
Para fazer jus à afirmação, Chong dos Santos revelou que o casting, à porta, vai contar com os seguintes profissionais como membros do corpo de júri, a secretária executiva, Dilvane Estanislau, a vencedora do concurso em 2016, Lukênia Fernandes, o director da Glamour Eventos, Dmitri Fernandes e a especialista de Backstage em Concursos de Miss, Lassaleth Pacheco.
Expectativas
Na sequência da entrevista, Chong dos Santos rematou que, uma vez que as candidatas enviaram os seus planos e dados pessoais, via internet, se constatou que o concurso para este ano vai ser de grande destaque, o que eleva as expectativas.
“Recebemos as candidaturas, vimos as concorrentes e as suas propostas, então temos a certeza de que vai ser uma grande gala, porque até mesmo as mais 80 candidatas, aparentemente, têm grandes potenciais”, concluiu.
O concurso
O concurso Miss CPLP Angola é uma iniciativa de carácter cultural baseada também na troca, que propõe a difusão e a promoção de valores sociais, culturais, a inclusão social na lusofonia, a partilha do conhecimento na diversidade na comunidade, a promoção da auto-estima, independentemente do espaço onde se encontrem as concorrentes. O concurso é também uma oportunidade para as jovens candidatas, representantes dos respectivos países de origem, sobressaírem no mundo da moda e das relações públicas.