Estado recupera 134 milhões de dólares com apreensão de edifícios construídos com fundos públicos

Estado recupera 134 milhões de dólares com apreensão de edifícios construídos com fundos públicos

Do conjunto de edifícios recuperados, construídos com dinheiros públicos e que estavam sob esfera privada constam as Torres Eucaliptos, Luanda Medicar Center, Instituto Sapience e Hotel Monalisa, todos localizados em Luanda

No âmbito do combate à corrupção, com a apreensão de patrimónios construídos com fundos públicos do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), o Estado angolano recuperou um total de 134 milhões de dólares, deu a conhecer, ontem, o director-geral do INSS, Anselmo Monteiro. Do conjunto de edifícios recuperados, construídos com dinheiros públicos e que estavam sob esfera privada constam as Torres Eucaliptos, Luanda Medicar Center, Instituto Sapiense e Hotel Monalisa, todos localizados em Luanda.

Estes bens, construídos com dinheiros desviados do erário público, foram recentemente recuperados pela Procuradoria Geral da República no âmbito do programa de combate à corrupção, que é a actual bandeira de governação do Executivo de João Lourenço, em funções desde 2017. Por terem sido construídos há mais de dez anos, Anselmo Monteiro disse que os valores destes imóveis sofreram depreciação, dado o tempo que correu. De acordo com o director-geral do INSS, a sua instituição tem vindo a trabalhar na perspectiva de rentabilizar estes imóveis.

No entanto, no que toca ao Hotel Monalisa, por conta da crise motivada pela Covid-19, que afectou gravemente o sector hoteleiro, o gestor público disse que está a se desenvolver novas metodologias para se encontrar outras formar de rentabilizar a unidade que não passa, necessariamente, pela via tradicional.

Quanto ao Instituto Sapience, Anselmo Monteiro fez saber que, não obstante não estando a desempenhar actividades dentro dos objectivos pelos quais foi criado, o INSS optou no arrendamento de alguns espaços para garantir a manutenção do edifício sem necessidade de recorrer às reservas técnicas da Segurança Social. Já o Luanda Medicar Center, referiu que, apesar de não estar sob tutela geral da Segurança Social tem se vindo a negociar com a PGR, para o pagamento da dívida acumulada. “Portanto, recorrem aqui acções concretas para que possamos ter o retorno dos investimentos a médio e longo prazo”, avançou.