Unidade fabril de mobílias entra em funcionamento até Dezembro na ZEE

Unidade fabril de mobílias entra em funcionamento até Dezembro na ZEE

Com um investimento global de USD 5,4 milhões para compra das instalações e USD 1 milhão para a aquisição de equipamentos modernos, quando entrar em funcionamento, a fábrica de Emadel terá uma capacidade de produção diária equivalente a USD 50 milram

A Zona Económica Especial (ZEE) Luanda Bengo vai ganhar, até Dezembro, uma nova unidade fabril vocacionada à feitura de mobílias domésticas e serração de madeira para o mercado nacional. Para a implementação dessa infraestrutura, a Emadel, proprietária da unidade fabril, precisou despender um investimento de USD um milhão só na compra de equipamentos.

Com este investimento, a Emadel pretende estimular a compra de mobílias locais com a mesma qualidade dos materiais importados. Acresce-se neste valor mais USD 4,4 milhões que foram alocados na compra das instalações para a nova fábrica de mobiliário doméstico que perfaz um investimento total de USD 5,4 milhões. A unidade fabril da ZEE conta com 54 mil metros quadros e 8 mil metros quadros de área coberta e, segundo o director-geral da Emadel, Armando Ferreira, as máquinas adquiridas são de última geração para a produção de mobiliário. Armando Ferreira garante que, quando estiver em funcionamento, a fábrica Emadel terá uma capacidade de produção diária equivalente a USD 50 mil, com máquinas de controlo numérico, seccionadora computarizada, estufa de secagem de madeira e linha de acabamento robotizada.

Neste momento, trabalham na fábrica 70 trabalhadores com a previsão de aumento de oferta da empregabilidade de 140 até 2022. A unidade fabril da ZEE conta também com uma serração que terá uma área total de 12.200 metros quadros, dos quais cerca de 1.500 metros quadrados correspondem à área produtiva coberta. Sedeada no Lubango, onde tem uma unidade fabril dedica à produção de carpintarias por medida, mobiliário e projectos de interiorismo, a Emadel criou marca própria de mobiliário, Emadelar, onde tem uma secção exclusiva de produção de sofás e uma serração. Com um total de 235 trabalhadores nas duas unidades fabris, a Emadel espera atingir um volume de negócios anual avaliado em USD 8 milhões.

USD 300 milhões de importação

Uma das principais dificuldades com que os empresários do sector se vêm abraços é a importação. Só em 2019, segundo os produtores, Angola gastou USD 300 na importação de mobílias. As dificuldades com a importação de matérias-primas para o acabamento de mobílias é a outra dificuldade que as empresas enfrentam. As empresas que operam no país garantem ter a mesma capacidade de produção de mobílias com a mesma qualidade com que é importada no estrangeiro e dizem “não compreender como é que temos aqui madeiras de qualidade e exportadas para depois importar mobília do estrangeiro”, refere Armando Ferreira. Baixar a taxa de importação de matérias-primas e aumentar a taxa de importação de mobílias é o que sugerem estes produtores, apesar de reconhecerem que é impossível competir com o mercado chinês.

Exportação

A Emadel tem também o foco nos produtos transformados para a exportação como os estuários, pavimentos e a madeira maciça que têm como destino Espanha, Portugal, Turquia, Alemanha e França, estando em negociação acordos com a Dinamarca. O tipo de madeira mais procurada é a vulgarmente chamada de moreira adquirida particularmente dos exploradores no Uíge. Especializada em carpintarias, mobiliário e decoração de interiores, a Emadel surgiu em 1999 na Huíla e foi criada como indústria de madeiras para apoiar o desenvolvimento desta província.