BNA “intima” bancos comerciais a terminarem com filas nos Multi-caixas

BNA “intima” bancos comerciais a terminarem com filas nos Multi-caixas

Os Bancos Comerciais devem assegurar que os seus Caixas Automáticos tenham uma taxa de disponibilização de numerário não inferior a 95% (noventa e cinco por cento), durante as horas normais de expediente no período de 25 de cada mês até ao dia 05 do mês seguinte, inclusive, aos sábados até ao meio dia. A medida visa proporcionar um serviço de qualidade aos utentes.

Devem ainda considerar o alargamento do período de abertura das suas agências bancárias de maior movimento, incluindo aos Sábados, sempre que se mostrar necessário, em particular, nos períodos de pagamento de salários da função pública, bem como publicar no seu sítio de internet e nas referidas agências bancárias, de forma bem visível, os balcões e o horário de atendimento.

O incumprimento do acima mencionado, bem como do dever de proporcionar ao cliente um serviço de qualidade é punível nos termos da Lei n.º 14/21, de 19 de Maio – Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras, adverte o banco Nacional de Angola (BNA) em diretriz publicada este Sábado, 3, na sua página na Internet.

Acrescenta o BNA, que os Bancos Comerciais estão obrigados a conformarem-se a esta decisão até ao próximo dia 15 de Setembro de 2021. A medida decorre das prorrogativas do Aviso n.º 12/2016, de 05 de Setembro, sobre a Protecção dos Consumidores de Produtos e Serviços Financeiros, que salvaguarda a necessidade de “proporcionar (…) aos clientes, um serviço de qualidade, assente nas melhores práticas bancárias e financeiras”.

O banco central intima ainda os Bancos Comerciais a empregar todos os esforços, no sentido de assegurar que durante o período normal de funcionamento, salvo razões de força maior, nenhuma das suas actividades ou funções fique inacessível, inactiva ou com capacidade de resposta significativamente diminuída.

As longas filas nos terminais de levantamento de dinheiro e escassez de disponibilidade de cédulas, particularmente nos finais e princípios de cada mês, período de pagamento dos ordenados dos trabalhadores passou a ser uma imagem recorrente no país, com queixas de cidadãos que tiveram de andar dezenas de quilómetros para aceder a dinheiro.