A Sociedade Mineira de Catoca realiza entre os dias 16 e 19 de Setembro, uma expedição investigativa ao longo do rio Tchicapa até à fronteira com a República Democrática do Congo, onde recolherá amostras, depois de uma acusação daquela república dando conta de mortes humanas supostamente em consequência do incidente de Julho, que envolve a referida mineradora.
Segundo uma nota que chegou à redacção do jornal OPAÍS, o objectivo é provar com dados laboratoriais que não vazaram metais pesados para o rio Tchicapa e adjacentes, que possam ter causado mortes em consequência do incidente registado no tubo do sistema de drenagem da bacia de rejeitados, no passado dia 24 de Julho, situação já ultrapassada.
A partir da Lunda Sul, passando pela Lunda Norte, até a fronteira do Congo, fazer-se a monitorização in loco ao longo do percurso do rio Tchicapa, aferindo a qualidade da água, através da coleta de amostras para análise da caracterização química dos sedimentos arrastados pelas águas, avaliação do plâncton (zoo, cito e ictioplancton), monitorização da fauna (anfíbios, repteis, aves e mamíferos, etc), entre outros.
Os resultados dessa expedição visam refutar as acusações da República Democrática do Congo, que dão conta que o vazamento terá provocado perdas humanas naquele país vizinho.
Segundo Sabino Coqueia, Chefe de Departamento de Segurança de Trabalho e Ambiente da Sociedade Mineira de Catoca, “não é possível que Catoca tenha feito chegar produtos tóxicos ao rio Tchicapa e adjacentes, visto que Catoca não utiliza produtos químicos no seu processo de produção e os resultados das pesquisas feitas aquando do vazamento de polpa de rejeitados confirmam isso”.
Foi criada uma equipa multidisciplinar, onde integram representantes de ministérios, universidades, direcções provinciais, ONG’s e laboratórios independentes, que está a realizar essa expedição e os seus resultados serão apresentados publicamente.