É de hoje… Meio termo

É de hoje… Meio termo

Os dados não têm sido animadores. Não há sequer como imaginar num cenário semelhante aos que vivemos nos primeiros meses desde que nos apercebemos de que a Covid-19 existia e que estava longe das nossas imaginações.

É impossível não se preocupar com os dados apresentados, dada a dimensão da tragédia que se apresenta, o que desde já nos leva a reflectir sobre os passos que demos e o que o futuro nos reserva.

Nas últimas duas semanas, por exemplo, o número de mortes por Covid tem sido elevado, um valor extremamente perigoso , o que se pode constituir num rastilho para situações piores nos próximos tempos. Também é preocupante o facto de se ter registado um acelerado número de infectados entre os estudantes, ultrapassando em algumas instituições cerca de 10 por cento.

Perante estes factos não há como não se pensar que há problemas que devem ser resolvidos, não deixando de se observar a preocupação e a necessidade de se ter cada um destes problemas em questões sociais e não politicas como muitos advogam. Já há sinais de que a comissão interministerial, chefiada pelo general Pereira Furtado tenciona tomar medidas para se travar o aumento de casos positivos e não comprometer os esforços até então feitos para que se desconformasse e ao mesmo tempo se retomasse as actividades económicas e sociais.

Basta olharmos para o cenário que nos é dado a observar nos bairros, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais e teremos a noção de que para muitos a Covid deixou de existir. Do mesmo modo é visível o relaxamento das proprias autoridades quanto às medidas de prevenção não acatadas pelos cidadãos e a inexistência de sanções e outras medidas.

Nesta situação em concreto prefiro acreditar que mais vale cedo do que tarde, ou seja, não se tomem medidas antes que os casos fiquem fora do controlo. É preciso que se encontre o meio termo. Que não se perigue a recuperação económica do mesmo modo que não se estraguem os avanços já alcançado no combate à pandemia. Para tal, há que se identificar os pontos de maiores constrangimentos, cortar a cadeia de contágio é responsabilizar que actue sem o mínimo de responsabilidade.

Há dias uma médica chamou a atenção para o facto de nos podermos aproximar ao que se passou em países como a Índia e outros. Pode ser um cenário catastrófico, mas quem já consegue mais de 500 casos diários não pode esperar o contrário.