Empreendimentos turísticos arrecadam mais de 340 mil milhões Kz no biénio 2018-2019

Empreendimentos turísticos arrecadam mais de 340 mil milhões Kz no biénio 2018-2019

Em termos de arrecadação de receitas por províncias, Luanda lidera a lista com mais de 124 milhões, seguindo-se as províncias de Benguela e Huíla com 36 milhões e 926 mil e 30 milhões e 887 mil, respectivamente. O ministro Jomo Fortunato quer mais aumento da oferta turística, para atrair turistas nacionais e estrangeiros

O peso dos hóspedes nacionais em todos os empreendimentos turísticos do país, no quadro do turismo interno, proporcionou ao sector privado arrecadar mais de 340 mil milhões Kz no biénio 2018-2019. A informação consta do Anuário Estatístico do Turismo refentes aos anos acima descritos na edição de 2021, tornado público ontem, em Luanda, durante o I Seminário sobre Estatísticas do Turismo, promovido pelo Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente. Os hotéis com 34, 3% e os restaurantes e similares com 30,9% representaram as maiores proporções na arrecadação das receitas, sendo que, em termos de variações, o ano de 2019 teve 41,9%, o que representa mais 58 mil milhões comparativamente a 2018.

O Anuário Estatístico do Turismo aponta que os empreendimentos turísticos nacionais facturaram com as dormidas mais de 176 mil milhões , representando um peso de 51,9% do total das receitas do biénio 2018-2019. No que diz respeito às receitas com o turismo internacional, as unidades de alojamento arrecadaram mais de 163 mil milhões, representando 48,1%. Em termos de arrecadação de receitas por províncias, Luanda lidera a lista com mais de 124 milhões, seguindo-se as províncias de Benguela e Huíla com 36 milhões e 926 mil e 30 milhões e 887 mil, respectivamente.

Mais despesas e menos receitas

Entretanto, o Anuário Estatístico do Turismo, que aponta fonte do Banco Nacional de Angola (BNA), refere que as receitas resultantes da entrada de turistas no território nacional no ano de 2019 foram inferiores em relação às despesas de turismo no exterior, tendo como resultado um saldo deficitário, que pressupõe uma saída de divisas na perspectiva da balança de pagamentos. Nos dados da abalança de pagamentos de 2019, a rubrica de viagens registou um agravamento do seu saldo deficitário, ao ascender para USD 85,3 milhões, contra USD 11,0 milhões do ano de 2018. Quanto às receitas, houve uma redução de 29,4% e as despesas decorrentes da actividade turística dos residentes angolanos no exterior reduziram em apenas 15,0%.

Foco nas receitas e emprego

Na abertura do Seminário, o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, disse que o sector quer criar condições para um desenvolvimento estruturado, visando o aumento da oferta turística e do ambiente, com a finalidade de atrair turistas nacionais e estrangeiros. O aumento da oferta turística, disse Jomo Fortunato, poder-se-á reverter em mais empregos, receitas e melhorar os serviços de Angola na sua relação com o mundo. Jomo Fortunato entende que a investigação no domínio do turismo solicita definições padronizadas que possam uniformizar parâmetros sem os quais não pode existir concordância no estudo do turismo como actividade económica.

“A existência de estatísticas exactas sobre o turismo é de vital importância para entendermos os seus impactos directos e indirectos na economia para auxiliar o planeamento e desenvolvimento de novos produtos turísticos”, disse Jomo Fortunato. Para o ministro, o turismo é reconhecido pela sua resistência, recessões e crises económicas que abre uma oportunidade para construir melhor e alinhar indústria turística e a estatística fiável. “Isso permitirá transformar o turismo numa indústria mais inclusiva com marcas, destino e atractivos que venham a proporcionar o orgulho dos angolanos em geral e dos operadores turísticos em particular”.