Academias de Letras da CPLP reforçam acordo de cooperação

Academias de Letras da CPLP reforçam acordo de cooperação

Presidentes das Academias de Letras da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) acabam de traçar novas estratégias no domínio da cooperação entre as referidas instituições.

Durante a reunião, que decorreu em formato videoconferência, sob os auspícios do Presidente da Academia Brasileira de Letras, Marco Lucchesi, foi aprovado o texto do acordo de cooperação entre as seis Academias, que posteriormente acabou por ser assinado pelos respectivos residentes.

Ainda no mesmo encontro, sob proposta da Academia Angolana de Letras, foram redigidas duas versões do acordo, sendo a primeira de conformidade com o mais recente acordo ortográfico da língua portuguesa (de 1990) e a segunda, de conformidade com o acordo ortográfico da língua portuguesa de 1945.

Esta opção, segundo o representante angolano no encontro, demonstra que as Academias de Letras respeitam as decisões dos Estados que não ratificaram o acordo ortográfico de 1990.

Pela primeira vez na história da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e das respectivas Academias de Letras, os seus representantes comprometeram-se a realizar actividades conjuntas e garantir a participação de académicos de outros países nas actividades que venham a ser organizadas pelas demais, no quadro da cooperação multilateral que ora inicia. O acordo passa a vigorar por um período de dois anos, podendo ser prorrogado por iguais períodos de tempo.

Participaram na reunião, os presidentes, Paulo de Carvalho, da Academia Angolana de Letras, Marco Lucchesi, da Academia Brasileira de Letras, Daniel Medina, da Academia Cabo-verdiana de Letras, Orlando Quilambo, da Academia de Ciências de Moçambique; o Presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Carlos Salema e Carlos Espírito Santo, Presidente da Academia São-Tomense de Letras.

O encontro contou ainda com participação do Presidente e do Vice-Presidente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa, respectivamente, Jorge Gaspar e José Luís Cardoso.

Academia  angolana

A Academia Angolana de Letras (AAL) tem como foco questões relacionadas com o estudo e a investigação da literatura angolana, da língua portuguesa, das línguas angolanas, assim como a relação entre elas.

Com o seu estatuto editado no Diário da República no 57 III Série de 28 de Março de 2016, a associação privada sem fins lucrativos, de carácter cultural e científico, teve como outorgantes constituintes os escritores angolanos Henrique Lopes Guerra, António Botelho de Vasconcelos e Boaventura da Silva Cardoso.

A academia tem como patrono o primeiro Presidente da República de Angola, Agostinho Neto, e admite como membros os fundadores, efectivos e beneméritos, além de colaboradores com a categoria de correspondentes, estes últimos podendo ter nacionalidade diferente da dos restantes membros.