Angola “repatria” nigerianos

Angola “repatria” nigerianos

Mais de 40 nigerianos, retidos em Angola desde Março, por causa das restrições impostas pela Covid-19, regressaram ao seu país, em mais um vôo humanitário da TAAG (Linhas Aéreas de Angola), informou o presidente da Comissão Executivo da companhia.

“O vôo humanitário partiu de Luanda às 20h30, da última quarta-feira, transportando 42 cidadãos nigerianos, maioritariamente empresários, e regressou na noite desta Sexta-feira, com 10 angolanos e dois cidadãos nigerianos residentes no país”, precisou Rui Carreira.

Em entrevista, na Sexta-feira (21), ao Telejornal, da TPA, o responsável explicou que a aeronave devia regressar na Quinta-feira, mas ficou retida duas noites no Aeroporto Internacional de Lagos, na Nigéria, por alegada irregularidade na documentação remetida pela TAAG.

Segundo Rui Carreira, este constrangimento “não é explicável, porque se houve irregularidades na documentação remetida, a TAAG nem sequer seria autorizada a descolar de Luanda e aterrar em Lagos, o que significa que o processo decorreu com normalidade”.

O dirigente esclareceu que por se tratar de um vôo de carácter humanitário, o processo é tratado por via diplomática, e a companhia nacional recebeu a autorização para levantar o vôo.

“Não há explicações plausíveis, e por via diplomática a TAAG vai reagir, solicitando esclarecimentos das autoridades aeronáuticas nigerianas, para aferir detalhes do que de facto esteve na base desta retenção, uma situação que em nada abona à nossa imagem e reputação”, salientou.

Apesar dessa situação constrangedora, Rui Carreira considera a Nigéria como país irmão, pelo que acredita que este processo terá desfecho positivo para o bem da TAAG, que começou a viajar para Lagos em Dezembro, transportando em média 500 cidadãos por semana.

“A Nigéria é um bom mercado e faz parte da estratégia comercial da nossa companhia, não obstante este triste acontecimento. Pois, apelamos a uma maior organização das autoridades aeronáuticas nigerianas para a continuidade das operações (…)”, expressou o PCE da TAAG.