Theresa May de volta ao Parlamento – novamente. Deve definir como pretende quebrar o impasse em torno do Brexit após a rejeição do acordo para deixar a União Europeia, na semana passada.
Os eleitores continuam à espera de saber quais serão os contornos do tão esperado plano B, para o Brexit. Enquanto isso, o Ministro do Comércio, Liam Fox, já alertou que há movimentos para tentar comprometer o processo do Brexit: “Existe uma população pela “saída” e um parlamento pela “permanência”. O Parlamento não tem o direito comprometer o processo Brexit porque disse ao povo deste país que faria um contrato: a população tomaria a decisão e caberia ao Parlamento honrá-la. Vemos agora alguns daqueles que sempre se opuseram ao resultado do referendo, a tentar comprometer Brexit e a “roubar” o resultado deste referendo às pessoas”
Estes movimentos envolvem Dominic Grieve que pretende apresentar uma emenda à moção do governo, com o pedido de um novo referendo. Outros não veem outra alternativa senão adiar o Artigo 50, que estabelece o dia 29 de março como a data limite de saída do Reino Unido da UE, como o secretário do Brexit, Keir Starmer: “não pretendo uma saída sem acordo e se isso significa adiar o artigo 50, estou aberto a fazê-lo”.
O tempo começa a esgotar-se para um acordo parlamentar sobre o Brexit, mas até agora pouco une a Câmara dos Comuns, para além da rejeição do acordo de May, que prevê estreitos laços económicos com a UE, pelo menos a médio prazo.
Os eleitores continuam à espera de saber quais serão os contornos do tão esperado plano B, para o Brexit.