Confrontos entre extrema-direita e manifestantes contra o racismo em Londres e Paris

Confrontos entre extrema-direita e manifestantes contra o racismo em Londres e Paris

Vários manifestantes envolveram-se ontem em confrontos com a Polícia britânica, junto ao parlamento, em Londres, durante manifestações contra o racismo, segundo as autoridades.

Alguns manifestantes atiraram garrafas e empurraram polícias, junto à ponte de Westminster, no centro de Londres, enquanto outros provocavam momentos de tensão na praça de Trafalgar, no segundo final de semana de manifestações anti-racistas, após a morte do afro-americano George Floyd, asfixiado sob escolta policial em Minnesota, nos Estados Unidos, no passado dia 25. 

Além de Londres, as manifestações ocorreram em várias outras cidades do Reino Unidos como Belfast, na Irlanda do Norte, e Brighton, no Sul de Inglaterra, embora não tenham sido aí registados actos de violência, de acordo com relatos das autoridades britânicas. 

O secretário do Interior britânico, Priti Patel, já criticou o “vandalismo inaceitável” dos manifestantes que provocaram a Polícia em Londres. 

“Qualquer pessoa que cometer violência ou vandalismo deve esperar toda a força da lei. A violência contra os nossos polícias não será aceite. O Coronavírus continua a ser uma ameaça para todos”, escreveu Patel na sua conta pessoal da rede social Twitter. 

A Polícia impôs restrições em Londres para evitar incidentes e impedir que os manifestantes pintassem estátuas. 

No fim-de-semana passado, a estátua do ex-primeiro-ministro Winston Churchill apareceu pintada, forçando o Governo a protegê-la e a cobri-la para evitar danos. 

Alguns membros do grupo de extrema-direita Britain First foram à Praça do Parlamento, segundo relatos dos meios de comunicação social, acompanhando o líder Paul Golding para proteger os monumentos. 

Como medida de precaução e para evitar incidentes entre os grupos, a Polícia londrina impôs ainda ao grupo anti-racista “Black Lives Matter” uma área específica para se manifestar.