CPLP apela a calma dos angolanos na resolução do diferendo eleitoral

CPLP apela a calma dos angolanos na resolução do diferendo eleitoral

Os chefes de Estados da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), que estão em Luanda no âmbito das cerimónias fúnebres do antigo- Presidente da República, José Eduardo dos Santos, defendem a necessidade dos angolanos sentarem-se juntos, à mesma mesa, e resolverem o diferendo eleitoral que opõem as diferentes visões

Os presidentes da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) defenderam, ontem, a unidade dos angolanos e capacidade patriótica para se ultrapassar qualquer tentativa que visa criar alguma tendência ou conflito interno face aos resultados das últimas eleições que dãoi vitória ao MPLA, com uma margem de ganho de 52,08 por cento das votações, seguido da UNITA, com 42,98 por cento, quando estão escrutinados 86,41 por cento dos votos.

Os chefes de Estados, que estão em Luanda no âmbito das cerimonias fúnebres do antigo-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, alertaram que qualquer entendimento mal resolvido pode ser fatal para a paz social em Angola, pelo que alertam para a necessidade dos angolanos sentarem- se juntos, à mesma mesa, e resolverem o diferendo eleitoral que opõem as diferentes visões, com a UNITA à testa que queixase de ter sido que prejudicada a favor do MPLA, partido no poder e vencedor de todas as eleições realizadas no país desde 1992.

Para ao Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, é importante que se encontre pontos de diálogo entre os angolanos e que as diferentes visões sobre as eleições sejam resolvidas de forma democrática e com benefícios comum entre todas as partes envolvidas.

“Temos a certeza que os angolanos vão entender-se”, augurou o político português.

O resto é ruido

Por seu turno, o presidente de Moçambique, Jacinto Nyusi, referiu que é preciso que cada força politica respeite os resultados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), enquanto entidade competente a ditar os números reais de todo o processo.

“Estamos a acompanhar o processo todo. E já foram anunciados os vencedores. Pensámos que o resto, que vem depois pode ser interpretado como ruído”, referiu o politico, que falava aos jornalistas à margem da cerimonia fúnebre do antigo-Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Vai correr tudo bem

Já o presidente de Cabo Verde, José Maria das Neves, disse acreditar na capacidade de conversação dos angolanos e que o desfecho de todo o processo eleitoral vai correr na base do consenso.

“Temos fé que vai correr tudo bem. O povo angolano sempre soube o melhor para si. E este é mais um desafio que será ultrapassado da melhor forma”, destacou.

De referir que os resultados provisórios da eleições do dia 24 dão vitoria ao MPLA com 52,08 por cento das votações, seguido da UNITA, com 42,98 por cento, quando estão escrutinados 86,41 por cento dos votos. Já o PRS.

Em terceiro, surge o Partido de Renovação Social (PRS) com 1,18 por cento, seguindo-se a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), com 1,07 por cento, o Partido Humanista de Angola (PHA), com 1,02 por cento, a coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), com 0,73 por cento, e a Aliança Patriótica Nacional (APN), com 0,48 por cento.