Cresce o número de negócios electrónicos no país

Cresce o número de negócios electrónicos no país

Meick Afonso acredita que apesar dos níveis de utilizadores ainda não serem satisfatórios, existe cobertura nas sedes municipais e têm acesso a conteúdos digitais, faltando investimentos para actualização.

“Temos uma forte digitalização na economia, nos sistemas, quer ao nível da educação, banca, empresas, no entanto, houve um trabalho da parte do INFOSI que permitiu criar condições para o efeito. Por outro lado, existe o fenómeno do desenvolvimento das sociedades”, explicou.

Disse ainda, que a velocidade em que são desenvolvidas fazem com que os ganhos sejam poucos.  Por esse motivo, é necessário mais investimento para estarem actualizados, acrescentando que é preciso continuar com o programa de expansão e melhoria destas infra-estruturas.

 “O espaço cibernético vai passar a ter uma utilização maior e o palco de actividade pouco benéfico aumenta o desafio dos governos que têm a responsabilidade e as soluções que permitem também assegurar esta vertente”, explicou.

O responsável referiu que foi potencializada a utilização do CEEP (Portal de Serviço Electrónico) para prestação de serviços públicos pela via electrónica.  Além disso, o portal suporta outros serviços como o processo on-line de constituição de empresas.

Meick Afonso pontualizou que durante o período de confinamento foram constituídas perto de 650 empresas pela via on-line.  Este serviço não paralisou e a estrutura também é suportada pelo INFOSI.

“Procuramos manter os níveis de funcionamento dos pontos Angola on-line como forma de assegurar que as pessoas consigam estar próximas dos serviços de acesso e usufruir”, explicou.

O responsável salientou que no início de estado de emergência, o sector criou um grupo multidisciplinar de trabalho constituídos por operadores de telecomunicações, que permitiu criar um conjunto de benefícios de modo a potencializar e a utilização exponencial das infra-estruturas, logo foram duplicados os planos de acesso à Internet.

“Fomentamos acções de sensibilização, quer ao nível político e mais técnico com a utilização de ferramentas que visaram facilitar as relações de trabalho, vimos acentuar-se o número de reuniões, as organizações passaram a reunir-se mais através de vídeoconferências”, disse.

Meick Afonso disse que o país teve um ganho de cultura digital e, por essa razão, todos têm a necessidade de se inserir e perceber como o processo ocorre. Os sistemas digitais vêm responder a uma necessidade e tem de ser compreendida pelo utilizados.

Questionado sobre a possibilidade do ensino à distância, referiu que é possível com a junção de esforços entre sectores. No seu entender, para ter um bom sistema de ensino, não basta construir escolas, mas desenvolver acções de formação e regulamentos.

Sobre o preço elevado dos serviços de Internet referiu que a regulação tem a ver com diferentes variáveis, nomeadamente a facilidade ao fornecimento de energia eléctrica, rácios populacionais e outras questões.