LIMA procura nova presidente no IV congresso ordinário que começa hoje

LIMA procura nova presidente no IV congresso ordinário que começa hoje

Começam nesta Sexta-feira, em Viana, arredores de Luanda, os trabalhos do IV congresso ordinário da Liga da Mulher Angolana (LIMA), organização feminina da UNITA, que termina no Sábado, 8, altura em que será eleita a nova presidente. 

Concorrem para um mandato de quatro anos, Manuela dos Prazeres Kazoto, Domingas Ndjungulo e Helena Bonguela Abel, que concorre à sua própria sucessão. 

Depois de terem cumprido a campanha eleitoral, que circunscreveu apenas Luanda, por imperativo da Covid-19, a comissão eleitoral declarou estarem criadas as condições possíveis para a realização do conclave. 

Em observância às medidas de biossegurança, orientadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e do Estado de Calamidade Pública vigente no país, designadamente, confinamento, isolamento social e distanciamento, o congresso realizar-se em oito regiões. 

Sob o lema: “Patriotismo, Unidade e Integridade”, participam neste congresso mil e 200 delegadas que farão a escolha da nova presidente a partir das suas respectivas regiões definidas pela comissão eleitoral. 

Com efeito, para a região Sul, que compreende as províncias do Cunene, Huíla e Namibe, a votação será feita na cidade do Lubango, enquanto que o Centro-Sul, constituída por Huambo, Bié e Cuando Cubango, foi designada a cidade do Cuito (Bié). 

Já a região Centro-Sul 2, províncias de Benguela e Cuanza Sul, deverão reunir-se na cidadã das Acácias Rubras (Benguela), sendo que a região Leste (Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico) fálo– á em Saurimo. 

As províncias do Zaire, Uíge e Malange, incluindo cinco municípios situados a norte do Cuanza Norte, devido à sua localização geográfica, concentrar-se-ão na cidade do Uíge, capital da província com o mesmo nome. 

Ainda na senda das medidas de biossegurança, o Cuanza Norte e Cabinda, as delegadas vão poder votar de forma isolada, sendo que Luanda e Bengo estarão agrupadas em Luanda. 

Segundo a comissão eleitoral, coordenada pela deputada Amélia Judith, o congresso reúne- se em simultâneo, as regiões estarão conectadas por videoconferência, cujo conclave será aberto pelo presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, às 10 horas, em acto a decorrer no centro de conferências do Sovsmo, em Viana. 

Na tarde de ontem, as três candidaturas apresentaram as suas moções de estratégias às delegadas a este conclave, que por força da Covid-19 não contará com a presença de convidadas estrangeiras, bem como a diáspora. 

Convocado em finais do ano passado, com base nos seus estatutos, o conclave teria lugar em Abril, mas devido à propagação desta pandemia foi adiado (sine-die). 

Entretanto, por ocasião do 48º aniversário da LIMA, comemorado a 18 de Junho, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior tinha garantido às candidatas que o conclave teria lugar este ano apesar da propagação do coronavírus. 

Falando num acto de massas, o líder da UNITA tinha orientado a comissão preparatória eleitoral do conclave que retomasse as actividades, justificando que era indispensável realizar o evento para se cumprir com o que estabelece os estatutos. 

Desafios pela frente

A presidente cessante da LIMA, a deputada à Assembleia Nacional, Helena Bonguela Abel, durante a campanha eleitoral garantiu dar continuidade do seu projecto que não foi concluído, durante os primeiros quatros anos que esteve à frente desta organização feminina.

Confiante numa eventual reeleição, justificada pelo trabalho que disse ter feito durante a vigência do seu mandato, a candidata garantiu dar impulso aos vários projectos em carteira que não foram concretizados por imperativo administrativo e financeiro.

Manuel dos Prazeres Kazoto, jornalista de profissão, prima por uma LIMA mais e melhor estruturada em todas as dimensões e modernizá-la ao momento político actual que o país. Garantiu que caso vença, vai trabalhar com as outras concorrentes, realçando que a LIMA é um projecto nacional e deve contar com todas as mulheres que se identificam nela enquanto organização política.

À semelhança de Manuela dos Prazeres, Domingas Ndjungulo quer também esta organização feminina mais unida e sólida para levar avante este projecto iniciado na província do Moxico.

Se for a opção das delegadas ao congresso, Ndjungulo disse que, além da actividade partidária, pensa implementar projectos ligados à protecção da criança desamparada, no quadro da responsabilidade social da LIMA.