Médicos ameaçam sair à rua se MINSA não solucionar problemas do sector

Médicos ameaçam sair à rua se MINSA não solucionar problemas do sector

O presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA), Adriano Manuel, anunciou, ontem, em Luanda, que dentro de 15 dias realizarão uma marcha de protesto caso o Ministério da Saúde (MINSA) não resolva os problemas dos seus filiados que participaram no concurso público de 2019.

O SINMEA convocou ontem a imprensa para, em conferência, abordar a situação dos médicos e da realização do concurso público do Minsa.

Este concurso público tem sido contestado pelos participantes, alegando que há pessoas que tiveram notas baixas nas provas de acesso e foram seleccionadas em detrimento daqueles que tiveram mais altas.

O sindicalista defende, por outro lado, que o Governo deve colocar médicos, agentes sanitários e enfermeiros nas periferias, para diminuir o índice de mortalidade. Adriano Manuel disse que grande parte das patologias que ocorrem aos hospitais são preveníveis, defendendo a necessidade de um sistema de saúde primário eficiente.

Em seu entender, com as referidas unidades sanitárias será diminuída a elevada carga nos centros de hemodiálise, porque ao nível de saúde primário serão identificados os potenciais elementos que levam à insuficiência renal.

Disse que as três principais causas de insuficiência renal em Angola em menores são a malária e as infecções urinárias e em adultos são a hipertensão arterial e diabetes. Por outro lado, advogou a necessidade de as autoridades sanitárias melhorarem e aumentarem os serviços primários de saúde, principalmente nas comunidades, por considerar que o Estado tem investido muito no sistema curativo, quando deveria primar pelos serviços primários, que são preventivos.

O sindicalista explicou que a assistência primária, através da criação de mais unidades de atendimento nas comunidades, contribui para o combate às patologias previsíveis nas comunidades.

“Temos que colocar médicos, agentes sanitários e enfermeiros nas periferias para diminuir o índice de mortalidade”, disse.