Putin tem nomeação enviada ao Prémio Nobel da Paz

Putin tem nomeação enviada ao Prémio Nobel da Paz

“Hoje, de facto, é a minha quarta nomeação para o Prémio Nobel da Paz. Foi enviada a 9 de Setembro deste ano e, já a 10 de Setembro, o pedido foi recebido pelo Comité Nobel da Paz em Oslo, na sede do Comité Nobel”, disse Komkov durante uma conferência de imprensa intitulada Sobre a Nomeação do Presidente Russo Vladimir Putin para o Prémio Nobel da Paz de 2021. O académico acrescentou que acompanhou, de perto, a aprovação da carta e notou que, imediatamente, após receber a solicitação russa, os EUA nomearam para o prémio seu Presidente, Donald Trump.

“Temos um claro entendimento de quem, quando e a que minuto e hora: às 15h07 do horário local, esta carta […] foi recebida em Oslo […] e assinada por um dos secretários do Comité Nobel Norueguês. Depois deste requerimento, houve uma reação literalmente raivosa do lado americano.” “Mais perto da noite, depois das 16h00, horário local, o representante americano em Oslo […] escreveu rapidamente uma candidatura quase manuscrita, imediatamente colocada numa candidatura para nomeação ao Prémio Nobel da Paz. Não entendo por que razão, de algum entendimento [assinado por Trump] de um conflito qualquer entre os Emirados Árabes [Unidos] e Israel”, contou o escritor. Komkov é um dos principais especialistas russos em educação, tendo publicado cerca de 200 artigos sobre educação e desenvolvimento socio-político da Rússia.

O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou que, se Putin for nomeado, seria óptimo, mas, se não for, não há qualquer problema. “Vocês sabem que pessoas completamente diferentes são nomeadas para este prémio. […] Há um certo procedimento para revisar os nomeados. Se a decisão [de dar o prémio a Putin] for tomada, tudo bem, [se] não for, também não é tragédia. É difícil dizer mais alguma coisa aqui”, relatou Peskov a repórteres. Anteriormente, Christian Tibring-Gedde, membro do Partido do Progresso norueguês, nomeou Donald Trump, o presidente dos EUA, para o Prémio Nobel da Paz, devido a “esforços para resolver conflitos antigos no mundo”.