Tony Nguxi imortaliza história cultural angolana com filme “Ngola – O legado de Kiluanji Kyasamba”

Tony Nguxi imortaliza história cultural angolana com filme “Ngola – O legado de Kiluanji Kyasamba”

O produtor cinematográfico angolano Tony Nguxi pretende vincar e proliferar a história do país, a nível internacional, com o lançamento do filme “Ngola – O legado de Kiluanji Kyasamba”, que vai chegar ao cinema, possivelmente, entre os meses de Setembro ou Outubro do próximo ano, numa produção que conta com a parceria do Grupo Media Nova

A notícia foi tornada pública ontem, no decurso de uma conferência de imprensa realizada no Memorial Dr. António Agostinho Neto, em Luanda. A mesma visou informar a estratégia encontrada para se alavancar o princípio da autossuficiência para a produção do filme, tendo, entretanto, participado figuras envolvidas na realização, que não deixaram de referir a importância de Ngola Kiluanji na historicidade de Angola.

Na ocasião, o director executivo e criador do projecto, Tony Nguxi, apelou a necessidade de se produzir localmente filmes que nos remetam às nossas origens, à história dos ancestrais que contribuíram, efectivamente, para a consolidação do Estado, para que as gerações posteriores conheçam as suas identidades culturais e os percursores da angolanidade, ao invés de acompanharem exemplos externos. “A história de Ngola Kiluanji transcende o seu reino. Ela abrange até aquelas que hoje são chamados de República do Congo e outros países vizinhos.

Ngola Kiluanji, além de Pungo-a-Ndongo, percorreu quase todo o território nacional, tal como vimos nas nossas pesquisas. Então, é um filme que irá retratar a nossa história e identidade cultural”, considerou o cineasta. Com o mesmo efeito, Andreia Lopes Neto, realizadora do filme, assegurou que, em longa-metragem, pretende-se reconhecer a importância de afirmar África no mundo internacional da sétima arte, contando a sua história, para que o universo saiba quem foram os fortes guerreiros do continente berço, especificamente angolano.

Parceiros

O evento albergou individualidades ligadas às instituições que demostraram o interesse em apoiar este trabalho cinemático, que objectiva contar parte da história de Angola, entre as quais o Grupo Media Nova, o Ministério da Cultura Turismo e Ambiente, o Instituto Angolano do Cinema e Audiovisual e a empresa Vi Max Solution. Ao tomar a palavra, no momento de apresentação dos apoios, Senda Costa, em nome do Grupo Media Nova, garantiu que o colectivo que gere o Jornal OPAÍS, a Rádio Mais e a Tv Zimbo decidiu apoiar o projecto, sobretudo, por se tratar de uma narrativa que ‘goza’ de relevância patrimonial cultural e por falar sobre Ngola Kiluanji.

“O Grupo Media Nova não podia deixar de participar, porque acredita piamente que é um projec- to cultural de grande valpor histórico, que irá passar informação, porque as pessoas ficarão a saber mais sobre Angola.Conhecimento é poder. Entretanto, por uma nova Angola, vamos dar o nosso apoio integral”, destacou a representante. Por seu turno, para Vladimir Teixeira, que falava pela Vi Max Solution, a sua empresa decidiu dar o seu suporte para a consolidação do projecto, porque é um trabalho que beneficia o próprio país, isto é, por ser uma obra que desenrola o legado deixado por um rei ancestral nacional: “quem sai a ganhar é simplesmente o país, pois é tudo pelo país”, terminou.

Falta de patrocínios

A equipa de produção, na mesma ocasião da conferência de imprensa, declarou que, no momento, ainda percorre a fase de pré-produção e que, por enquanto, se está a procura de potenciais patrocinadores para que se possa ter o projecto concluído. “Esse momento específico é mesmo para abrirmos o nosso trabalho ao mercado. Nesse momento, ainda não começamos com as gravações, porém já fizemos os castings dos actores, em três províncias, mas, como ainda falta patrocínio, mais tarde ainda iremos a muitas outras, porque tencionamos gravar em distintas zonas do país’’. Tony Nguxi, criador e director executivo do projecto, explicou ainda que não está concluída a lista dos actores que farão parte da obra, todavia acrescentou que serão gravadas cenas em várias localidades do país, por onde terá passado Ngola Kiluanji.