Um tenente leu um discurso na rádio que um grupo de militares conseguira ocupar. Kelly Ondo Obiang, comandante adjunto da Guarda Republicana, denunciou a mensagem de Ano Novo do Chefe de Estado Ali Bongo, difundida a 31 de Dezembro a partir de Marrocos onde ele se encontra em convalescença, após ter sofrido em Outubro passado um acidente vascular cerebral. Uma mensagem que, segundo eles, “reforçou a dúvida sobre a sua capacidade de assegurar as funções de Presidente da República”.
Os militares amotinados prometeram uma transição democrática e convidaram personalidades políticas a vir à assembleia. O grupo seria constituído de militares da Guarda de Honra, estes contestaram a cumplicidade “da alta hierarquia militar” de manter Ali Bongo no poder.
O Governo gabonês confi rma a detenção de quatro militares, um quinto estaria em fuga, tratar-seia do militar que leu o comunicado na rádio. A União Africana condenou já, com fi rmeza, a tentativa de golpe de Estado no Gabão.
Ali Bongo sucedeu ao pai na presidência do Gabão, Omar Bongo, em 2009. Ele foi reeleito em 2016 com menos de 6 000 votos a mais do que o opositor Jean Ping, antigo presidente da Comissão da União Africana, num escrutínio marcado por acusações de fraude e maPresidente Ali Bongo nifestações violentas.
Um plano da cidade de Libreville, capital do Gabão Dr Ali Bongo de 59 anos, recompõe- se em Marrocos de um acidente vascular cerebral sofrido a 24 de Outubro aquando de uma conferência económica na Arábia Saudita.
Na sua mensagem de Ano Novo, o Chefe de Estado admitiu ter problemas de saúde, mas afi rmou estar a recompor-se.