Localidades na zona de Brumadinho, no Estado brasileiro de Minas Gerais, estão ser evacuadas devido ao risco de ruptura numa outra barragem, segundo avança a Folha de S.Paulo.
O Corpo de Bombeiros, que comanda as operações, alertou para o “risco iminente” de uma nova ruptura, o que levou as equipas no local a evacuar as comunidades de Córrego do Feijão e Tejuco, que ficam próximas da barragem 6, que — tal como o complexo que colapsou — também é propriedade da empresa Vale.
Neste momento, na sequência da ruptura de Sexta-feira já estão confirmados 37 mortes. Há ainda 293 pessoas desaparecidas, 81 desalojados e 23 sobreviventes hospitalizados. De acordo com as autoridades, o acesso ao centro de Brumadinho, assim como a ponte onde passa o Rio Paraopeba, foram encerrados.
Os relatos são de que a cidade está paralisada: as pessoas juntaramse nas praças depois da nova ameaça. Na sequência deste risco de nova ruptura, as operações de resgate foram suspensas.
A barragem estava a ser drenada desde a noite de Sábado, mas o risco de ruptura continuou a ser elevado. Desta vez, ao contrário do que aconteceu há dois dias, o alarme tocou nestas localidades às 05 horas e 30 minutos numa zona que tem cerca de 250 casas.
O autocarro que estava cheio de funcionários da empresa Vale — encontrado soterrado no Sábado — ainda não foi retirado da lama, já que operação é complexa por exigir um tipo de maquinaria específico. Os bombeiros acreditam que existem vítimas mortais ainda não contabilizadas no interior do autocarro.
Um grupo de 129 militares israelitas eram esperados em Minas Gerais às 21 horas 30 minutos de ontem, Domingo, para ajudarem as autoridades brasileiras nas buscas em Brumadinho. A equipa é especializada em resgates neste tipo de catástrofes e recorre a sonares para as buscas.