Iskra Lawrence, uma influencer, partilhou na Internet uma foto sem edição e… bem, é só elogios e likes de todo o mundo, que vão já perto dos quinhentos mil. É que ela é um pouco mais para o gordinha… bem, é modelo plus size. Mas bem desenhada, diga-se de passagem. Eu vi as fotos na Internet, de biquíni, de top, saia com aquela racha… bem, dá para ficar a ver mesmo. E naquelas em que ela está menos tapada lá se expõem alegres as celulites, a pele casca de laranja, etc., ela toda, tal como como é, sem Photoshop e outros artifícios de propaganda enganosa que faz cair muita gente, tipo aquelas pessoas giras na discoteca, com luzes psicadélicas, mas à luz natural… é mesmo de fugir. E também o barulho ajuda, não se percebe patavina do que dizem, mas em silêncio e sem álcool na cabeça, é azar! O que interessa aqui é que Iskra Lawrence pertence a um movimento que quer a verdade do corpo, que as mulheres se aceitem como são e fujam da ditadura da “boa aparência”. Pausa. Já alguém reparou que quem partilha fotos nas redes sociais está sempre feliz, bem vestido e em lugares giros, ainda que seja a casa de banho de um hotel ou de um restaurante? Ainda que em casa nada tenha para comer ou que o dia-a-dia seja de sofrimento… Voltando à questão da modelo inglesa, pelo menos o corpo que mostra é mesmo o seu, não o de uma boneca “informatizada”. Mas isso não é tudo, já não se retoca apenas as fotos, há gestores de imagem nas redes que retocam até os textos (há gente que dá muitos erros). Então, você já engana com o corpo que não tem, ainda vende uma intelectualidade que não lhe pertence, e depois quer ser feliz? Mais cedo ou mais tarde apagam-se as luzes psicadélicas e tem que se mostrar como é, deliga-se o barulho da música e tem de falar como sabe, ou não sabe… e aí…
Ao natural
