Director do jornal O PAÍS, muito obrigado pela oportunidade que me concede nesta edição. Por ser cidadão angolano e adepto da mudança, escolhi este espaço para falar da Operação Resgate.
POR: A Operação Resgate…
Neste processo estão os governos provinciais e a Polícia Nacional. Defendo que a Operação Resgate continue, uma vez que era evidente a anarquia em vários aspectos na sociedade angolana. A forma como se viveu nos últimos anos em Angola, muitos valores foram postos no balde de lixo. Por isso, a corrupção da base ao topo e vice versa imperava na sociedade. Com este fenómeno, o Estado perdeu muito dinheiro, aliás foi visível no dia em que a Operação Resgate começou. Muitas lojas, taxistas e outros operadores comerciais não moveram nem uma palha. A ilegalidade era tanta que “desconseguiram” violar as normas vigentes em Angola. As reclamações podem surgir, peço somente que os intervenientes no processo respeitem valores como Direitos Humanos e as leis vigentes no ordenamento jurídico angolano. Fala-se, por exemplo, da zungueira, mulher guerreira, e a pessoa que leva os produtos à porta de casa, é certo, mas é verdade que são muito desordeiras. O que se pretende é que elas continuem a vender ou a zungar, mas com base nas regras de convivência social. Por outro lado, o Estado tem a obrigação, por força do seu poder de autoridade, de apostar mais nos impostos. É a maior fonte de receitas dos Estados, logo é importante educar ou mobilizar o cidadão a pagar impostos, de modo a contribuir para o desenvolvimento da economia angolana. Com isso organizado, os cidadãos vão exigir mais de quem governa e quem governa vai preocupar-se em gerir melhor a “republica”, viva a Operação Resgate