Angola bateu-se publicamente, nos últimos meses, por uma definição eleitoral na República Democrática do Congo, com a observância dos acordos de São Silvestre, que previam que o Presidente Joseph Kabila não se recandidataria, e com o cumprimento do calendário para as eleições. João Lourenço, Presidente angolano, fez questão de abordar este assunto nos seus discursos em França, na Bélgica, na República do Congo e em Estrasburgo, no Parlamento Europeu. Angola é um país política e militarmente forte na SADC , região que a RDC também integra. Kabila, bem no fim do prazo para a entrega das candidaturas, acabou por respeitar os acordos e não será candidato. Tudo muito bem, uma vitória diplomática angolana também, e da SADC , e da RDC . Mas apenas ontem as autoridades angolanas reagiram à posição de Kabila, com demasiada cautela. Marcou-se um golo, há que comemorar
Editorial: Kabilá e o silêncio
