Ampla Frente Patriótica para Alternância considera preocupante situação social do país

Ampla Frente Patriótica para Alternância considera preocupante situação social do país

No âmbito de mais uma concertação, os líderes e proponentes da Ampla Frente Patriótica para Alternância(AFPA), manifestaram a sua preocupação sobre a situação de crise económica e social que assola o país

A denominada Conferência Tripartida reuniu, ontem, os líderes da Ampla Frente Patriótica para Alternância que, numa declaração conjunta consideraram precária a actual situação de vida das famílias angolanas, alegando “incapacidade” do Governo para reverter o quadro. Composta por Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, Abel Epalanga Chivukuvuku, coordenador do Projecto PRAJA-Servir Angola e Filomeno Vieira Lopes, presidente do Bloco Democrático, a designada Ampla Frente Patriótica para Alternância, defende que Angola precisa de adoptar um Programa de Emergência Nacional para tirar o país da crise em que se encontra.

Na sua declaração conjunta, citam que a fome, a saúde, a educação, o desemprego, a habitação e a criminalidade tornaram-se problemas de segurança nacional e precisam de ser tratados como tal, e, lamentam o facto de os preços dos alimentos da cesta básica su birem todos os dias a um ritmo superior à taxa da desvalorização da moeda, que consideram como uma violação das leis do mercado. Os proponentes da referida Ampla criticam o actual Governo, com alegações de “não estar a escutar os seus parceiros sociais e de nem sequer dialogar com os partidos fora da sua órbita”, postura que afirmam estar a criar uma crise insanável na relação entre governantes e governados.

Pandemia da Covid-19

Propõem por outra, a adopção de um programa pós-Covid-19 que leve em conta o desemprego jovem e a sua mitigação tanto pela formação profissional, como pela vulgarização dos mecanismos de massificação das micro empresas e alavancamento das pequenas e médias empresas descapitalizadas pela Covid-19, como uma das soluções. Determinados a alternar o poder, os três proponentes afirmam que o país precisa de uma nova liderança, garantindo que estão a estruturar esta nova liderança, para dar ao país um novo começo e um novo rumo. Defenderam na sua declaração a criação de um governo inclusivo em que os funcionários do Estado serão salvaguardados e tratados com dignidade, sem olhar para a sua filiação partidária, mas como filhos de Angola. “Se quisermos a efectiva reconciliação, teremos de ter a capacidade de virar mais uma página da nossa história e a disposição para fazer compromissos. Nós estamos prontos para fazer este compromisso e iniciar uma nova página da nossa história”, declararam.

Processos eleitorais

Relativamente aos processos eleitorais, saudaram os esforços tendentes a corrigir a conduta dos agentes eleitorais, fortalecer a isenção e a imparcialidade da CNE e garantir a transparência e a lisura dos processos eleitorais. Sublinham que a revisão da legislação em curso deve assegurar que a entidade gestora da Base de Dados dos Cidadãos Maiores garanta que a oficiosidade do registo alcance o objectivo intencionado pela Constituição, que é a universalidade. Para tal, defendem que a Base de Dados do Bilhete de Identidade não pode continuar a ser a única fonte de alimentação da Base de Dados do Registo Eleitoral.