O objectivo, segundo o responsável, é o de trazer à discussão vários assuntos da vida política, social e económica, com especialistas de cada área do saber, entre políticos e académicos, para uma roda de conversa construtiva.
De realização mensal, a primeira edição arranca no dia 29 deste mês, em que será orador principal Quintino de Moreira, presidente da APN, que abordará o tema “O impacto da Covid-19 na Juventude Angolana”, a ter lugar no anfiteatro da sua sede em Luanda.
Edilson Francisco explicou que, além de trocarem impressões, os debates permitirão maior abertura de diálogo com a sociedade, deixando para atrás a “arrogância e o egoísmo” de vários actores políticos e sociais, que, num passado recente, provocou divergências ideológicas.
Ao longo de quase cinco décadas, segundo a fonte, a política angolana sempre viveu grandes tensões e equívocos, que ainda persistem, embora de baixa visibilidade. O politólogo Edilson Francisco defendeu que a sociedade angolana, sobretudo a juventude, deve perceber que as associações, organizações, sindicatos e partidos políticos, têm ideologias, princípios e pontos de vista diferentes.
Na opinião daquele jovem político, se Angola quiser potencializar-se diante das grandes nações, deve continuar a dialogar com todos e repensar um novo país, onde o Estado democrático e de direito vinque.
“Ao fazermos isso estaremos, claramente, a plantar frutos para as gerações vindouras”, disse, realçando que, por falta de diálogo, há quem acuse os jovens angolanos de opor-se ao exercício da política.
“São apontados de frustrados, tímidos e despreparados face às grandes questões que o país enfrenta”, reforçou, para quem essa ideia deriva da falta de abertura de diálogo, apesar da existência de associações afins. Apesar da passividade que lhe é atribuída, por alguns analistas, segundo a fonte, esta juventude tem um “olhar clínico” que tem estado a alertar o governo e a comunidade internacional, sobre as más práticas de alguns gestores públicos no exercício das suas funções.
Com base nestas denúncias, feitas de várias formas, de acordo com o que a lei estabelece, tem permitido à Procuradoria Geral da República (PGR) investigar vários crimes ligados a actos de corrupção, desvios do erário, má execução financeira e outros.
Confiar na juventude
O vice-presidente da APN disse acreditar na juventude angolana, que considerou como sendo “intelectual, consciente e competente para mudar o rosto da política, através do voto consciente”.
“É importante que se diga, toda e qualquer sociedade é movida pelos jovens”, disse, acrescentando que, diferente do que se alega, a sua força política tem vindo a constatar que a juventude angolana está preparada para novos desafios, fruto do gráfico de literacia que vai subindo periodicamente.