Samakuva faz balanço positivo do ano político

Samakuva faz balanço positivo do ano político

Discursando por ocasião da cerimónia de apresentação de cumprimentos do fim de ano, Samakuva afirmou que “podemos dizer que o balanço que fazemos sobre o ano que vai terminar é positivo”. De entre as realizações mais marcantes, o líder da UNITA apontou a promoção de campanhas de reconciliação nacional, em todo o país, a preparação do partido para as autarquias locais, e a reorganização da estrutura orgânica desta força política.

No seu discurso, feito após o encerramento da IV Reunião Ordinária da Comissão Política, reunida de 15 a 16 deste mês, durante a qual se decidiu marcar o XIII Congresso Ordinário do partido para o segundo semestre de 2019, Samakuva disse que a UNITA defende uma reforma do Estado que passa pela revisão constitucional para se resolver assuntos profundos.

Na óptica de Samakuva, uma revisão da Carta Magna do país poderá “garantir a real separação de poderes e a despartidarização do Estado. Durante o seu pronunciamento, Isaías Samakuva apontou, por outro lado, a exclusão como sendo um dos factores da conflitualidade que se radicou em Angola ao longo de décadas, “pelo que deve ser substituída pela inclusão”, para a dignificação de todos angolanos.

Luta contra a corrupção

O líder do partido do ”galo negro” enalteceu a luta contra a corrupção, mas entende que não é suficiente para resgatar Angola. “Os angolanos, com destaque para os seus dirigentes, têm de compreender que não é o MPLA que vai responder (porque nunca respondeu) ao clamor do povo pela mudança.. Continuando, o “número um” da direcção da UNITA afirmou que os discursos e boas intenções para combater os crimes de corrupção têm os dias contados.

“Passarão rapidamente para o esquecimento, se não começarem a ter impacto no dia –a -dia do cidadão”, disse, para quem se “o angolano não for colocado no topo das nossas prioridades”, a cruzada contra a corrupção poderá acabar numa espiral de violência “sobre os dirigentes e seus haveres”.

Autarquias Sobre esta matéria, Samakuva, que dirige a UNITA há 15 anos, após a morte em 2002 do presidente- fundador deste partido, Jonas Savimbi, aponta o próximo ano como sendo o de mais trabalho, tendo em conta as autarquias locais.

Para o político, “a mobilização dos cidadãos para a defesa do princípio da realização das autarquias em 2020 em todos os municípios do país, deve ser um desafi o que todos devem procurar enfrentar com coragem e determinação”, apelou.-