Suíça desbloqueia USD 60 milhões congelados do fundo soberano

Suíça desbloqueia USD 60 milhões congelados do fundo soberano

As autoridades suíças desbloquearam cerca de USD 60 milhões dos USD 210 milhões congelados em investigações a suspeitas de lavagem de valores desviados do Fundo Soberano de Angola, anunciou Voz da América citando a procuradoria Suíça.

Em Abril, a procuradoria tinha iniciado investigações criminais na sequência de notícias de que fundos do Banco Nacional de Angola e do Fundo Soberano haviam sido desviados. Durante as investigações, as autoridades passaram buscas a diversos locais incluindo à sede da Quantum Global do empresário suíço-angolano Jean Claude de Morais.

A Quantum Global era associada do Fundo Soberano de Angola e Bastos de Morais é sócio do antigo presidente do fundo, Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente José Eduardo dos Santos. Na altura, foram passadas buscas também à companhia Turtle Management também pertença de Jean Claude Bastos de Morais. Numa declaração ontem emitida, a procuradoria suíça disse que nas investigações inicialmente tinham sido congelados USD 210 milhões em “activos”.

“A procuradoria já descongelou USD 60 milhões do Fundo Soberano de Angola”, disse a declaração. “Os fundos foram descongelados, porque pode ser posto de parte o seu uso por terceiros não autorizados”, acrescentou a declaração. Fundos da Quantum Global foram também congelados nas Maurícias e Inglaterra. Bastos de Morais está proibido de deixar Angola.

PGR já em Luanda

A Procuradoria-Geral da República de Angola, entretanto, em comunicado, anunciou, ontem, a chegada a Luanda, proveniente da Suíça, do o procurador-geral da República, Hélder Fernando Pitta-Groz e a delegação que o acompanha. Na Suiça, o PGR de Angola foi recebido pelo seu homólogo Suiço, com quem manteve uma longa agenda de trabalho. Hélder Fernando Pitta-Groz encontrou- se também com a Ministra da Justiça daquele mesmo Estado. Nos encontros, diz a nota, foram discutidos a cooperação entre as duas autoridades judiciárias, no âmbito da assistência mútua e abordaram as questões operacionais relativas aos processos criminais em instrução na PGR de Angola.