Desde que foi criado, em 2017, a implementação do seguro escolar tem permitido a prestação de serviços primários de saúde aos alunos do ensino privado que, por diversas razões, envolvem-se em situações de riscos dentro do espaço académico.
De um total de 1.600 colégios que a Associação Nacional do Ensino Particular (ANEP) controla, apenas 200 dispõem, até ao momento, do seguro escolar, revelou ontem, ao OPAÍS, o presidente da referida associação, António Pacavira. O responsável, que falava ao nosso jornal à margem do XIII Congresso da sua organização, que decorre durante dois dias em Luanda, fez saber que, juntos, estes 200 colégios somam um total de dez mil alunos que têm Seguro Escolar, um pacote de cuidados médicos que os pais pagam anualmente de forma a proteger os educandos de várias situações de risco.
Segundo o presidente da ANEP, a implementação do Seguro Escolar, que custa 2.700 Kz/ano, tem permitido a prestação de serviços primários de saúde aos alunos que, por diversas razões, se envolvem em situações de risco, como acidentes, lesões, ferimentos, brigas escolares, doenças e outros, dentro do espaço académico. De acordo com o responsável, apesar da ampla divulgação do referido programa, muitos pais mostram resistência a aderirem a este instrumento importante e indispensável ao bem-estar dos alunos no que a segurança e saúde escolar diz respeito. “Muitos continuam com a ideia que os perigos só acontecem com os outros. Por isso mostram-se despreocupados com o que pode acontecer com os seus educandos.
Mas é uma falsa ideia, porque todos estamos sujeitos a isso. E se nos protegermos, todos saímos a ganhar”, frisou Segundo ainda António Pacavira, as diversas instituições sanitárias que trabalham com a ANEP têm prestado toda a assistência sanitária, desde os primeiros socorros, tratamento e acompanhamento aos alunos que aderiram ao programa de Seguro Escolar, o que tem permitido que estes se sintam mais seguros dentro dos espaços escolares onde, infelizmente, ainda ocorrem situações que podem colocar em risco a integridade física dos mesmos.
Mais 100 colégios poderão aderir
O líder associativo fez saber ainda que a implementação do referido Seguro, lançado em 2017, tem feito com que os encarregados de educação se sintam mais descansados com a saúde dos seus educandos, por saberem que há toda uma estrutura de apoio que trabalha em prol da qualidade de vida dos seus educandos. Para os próximos tempos, António Pacavira deu a conhecer que a sua instituição pretende continuar a trabalhar na divulgação do programa, pelo que avança já estarem a decorrer os trâmites para que mais 100 colégios tenham o seguro escolar em 2019. “Se olharmos pelos benefícios, vamos facilmente concluir que o valor pago pelos pais é muito ínfimo para os serviços assegurados. Partimos sempre do pressuposto que, para nós, o mais importante é o bem-estar das crianças e não o dinheiro propriamente”, defendeu. O XIII Congresso da ANEP, segundo o seu presidente, reúne especialistas nacionais e estrangeiros que, durante dois dias, irão discutir a situação do Ensino Privado em Angola, com enfoque na abordagem sobre a tecnologia e inovação no Ensino Primário.