Gerentes do BPC no Huambo ouvidos como declarantes

Gerentes do BPC no Huambo ouvidos como declarantes

A gerente da agência central do Banco de Poupança e Crédito (BPC) no Huambo, Elisabeth Mariana Joaquim, e o sub-gerente, Nelson Pulapula, foram ouvidos ontem na Procuradoria-Geral da República (PGR), na condição de declarantes, no processo de desvio de fundos público em que, alegadamente, estão envolvidos altos funcionários do governo local.

Segundo noticiou a Rádio Mais/ Huambo, Elisabeth Joaquim e Nelson Pulapula, foram levados para prestarem declarações na PGR sob carácter de urgência, todavia, sem serem constituídos arguidos na lista do conhecido 51 processos de crimes de peculato nesta província. Importa realçar que só no mês de Outubro a PGR na província do Huambo constitui arguido cerca de quatro altos funcionários acusados de desviar o dinheiro do Estado. Dentre os arguidos, o destaque recai para o administrador municipal do Huambo, Víctor Tchissingui, acusado de ter cometido o crime de peculato enquanto exerceu o cargo de director do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) do Governo Provincial.

Pelos crimes que terá supostamente cometido no período compreendido entre 2010 e 2014, a PGR decidiu aplicar ao arguido, como medida de coacção, liberdade sob termo de identidade e residência. Por força disso, terá de se apresentar semanalmente nessa instituição e não pode ausentar-se da província do Huambo ou do país sem autorização do Ministério Público.

O ex-administrador municipal do Longonjo, João Sérgio Raul, Cláudio Sicato (funcionário sénior do departamento de Finanças) e Constantino de Jesus César (chefe de departamento de Administração, Património, Informática, Gestão de Orçamento e Transporte do Governo) constam igualmente da lista do processo 51 do Huambo. Estão agendadas audiências a cidadãos acusados de terem dado destino incerto à coisa pública. Alguns deles, de acordo com a fonte, por existirem tais indícios, poderão ser constituídos arguidos, apesar de irem prestar declarações na condição de declarantes. Outros, porém, poderão ser encaminhados à Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal, órgão afecto à PGR sediado em Luanda.