Vários taxistas paralisaram, na manhã de antes de ontem, 05, a cidade do Huambo como forma de protesto contra a subida do preço da gasolina, e, consequentemente, o facto de não terem recebido ainda os cartões de abastecimento, um acto que causou alegadamente a morte de três pessoas e provocou ferimento a duas outras, conforme noticiou o jornal OPAÍS.
Até o fecho da nossa edição, a Polícia Nacional não tinha confirmado as mortes e prometeu pronunciar-se oportunamente. E, ontem, a nossa redacção recebeu o comunicado da Polícia confirmando a morte de cinco cidadãos angolanos. No comunicado, o Comando Provincial diz que registaram actos de desordem pública, protagonizados por taxistas e moto-taxistas na cidade do Huambo e arredores, supostamente em protesto à materialização do Decreto Presidencial nº131-23, de 1 de Junho sonbre a atribuição de subsídios aos combustíveis.
Foram montadas várias barricadas para molestar outros taxistas que não aderiram ao pro- testo, agredindo-os com objectos de arremesso, ao mesmo tempo que retiravam os passageiros de seus veículos, o que motivou a pronta intervenção das forças policiais, com o intuito de salvaguardar a integridade física das pessoas e dos seus bens.
“Na sequência dos actos de violência e afronta às forças policiais, não foi possível evitar e lamentamos a morte de cinco cidadãos e o ferimento de outros oito; a quebra de vidros em dois autocarros de transporte público e uma ambulância; a quebra de vidros dos gabinetes provinciais do Urbanismo e Ambiente, da ANGOP, INEFOP e da subestação do CFB, bem como a tentativa de vandalização de cinco comités de acção de partido MPLA”, lê-se no documento.
Por envolvimento directo nos actos de desordem pública, foram detidos 34 cidadãos e apreendidas 29 motorizadas. O Comando da Polícia do Huambo aproveitou o comunicado para endereçar às famílias enlutadas os mais profundos sentimentos de pesar e reiterar o compromisso de continuar a trabalhar no reforço do sentimento de segurança das comunidades.