Responsável da saúde defende capacitação dos técnicos dos centros privados

Responsável da saúde defende capacitação dos técnicos dos centros privados

A chefe do Departamento de Inspecção do Gabinete Provincial da Saúde no Bié, Verónica Vasco, defendeu, ontem, na cidade do Cuito, a contínua capacitação dos técnicos e melhorias nas condições de trabalho nos centros médicos privados, visando garantir serviços dignos à população.

Segundo a responsável, muitas instituições privadas não apresentam condições e funcionam com pessoal não qualificado, o que provocou o encerramento, em 2022, de três centros médicos privados, no bairro Paraíso, arredores da cidade do Cuito.

Foram ainda encerradas seis farmácias, nos bairros Catemo, Cangote, Paraíso e comuna do Cunje, no município do Cuito.

Em declarações à imprensa local sobre o funcionamento das instituições privadas, Verónica Vasco explicou que os estabelecimentos foram fechados por exercício de actividades ilegais, venda de medicamentos vencidos, falta de condições de trabalho e pessoal não qualificado. Informou que a melhoria das condições de trabalho visa responder a política do Governo sobre o atendimento humanizado nos hospitais públicos e privados.

Para mudar o quadro, tem-se sensibilizado os proprietários de unidades sanitárias no sentido de obedecerem ao previsto no Decreto 191/10 de, 01 de Setembro, que regula a actividade farmacêutica no país.

Já Palmira Gomes, uma das enfermeiras de um dos centros médicos no Cuito, concorda que se faça uma aposta na capacitação dos técnicos de saúde e melhoria nos meios de diagnóstico (laboratórios) e de protecção (máscaras, luvas, batas e outros).

Segundo a profissional, a capacitação deve abranger a todos, quer os dos centros privados quer os das instituições sanitárias públicas.

A farmacêutica Guilhermina Numala enalteceu os investimentos do Governo e empresários no ramo da saúde nesta província, sugerido, no entanto, a criação de condições de alimentação e meios de biossegurança, para se continuar a salvar vidas humanas.

A província do Bié controla 285 instituições privadas, nomeadamente sete centros médicos, quatro consultórios médicos, três laboratórios, 40 postos de enfermagem, 225 farmácias, quatro depósitos de medicamentos e duas ópticas.

Além das instituições privadas, o Bié dispõe ainda de 186 unidades sanitárias, sendo o “Walter Stranguay” o de referência, 127 postos de saúde, 37 centros, dos quais cinco materno-infantis, seis hospitais missionários, nove municipais e um hospital geral.

Os trabalhos são assegurados por 3 mil e 705 trabalhadores, entre médicos, enfermeiros e técnicos de diagnósticos terapêuticos, espalhados pelos municípios do Cuito, Andulo, Camacupa, Chinguar, Cunhinga, Nhârea, Chitembo, Cuemba e Catabola.