Trabalhadores dos Correios de Angola em greve

Trabalhadores dos Correios de Angola em greve

Por falta de uma resposta satisfatória, por parte da entidade empregadora, a dois pontos do caderno reivindicativo, os trabalhadores da Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola decidiram retomar a greve, suspensa em Junho de 2022, e paralisar todos os trabalhos, a partir de hoje

Um ano depois da primeira paralisação, os trabalhadores dos Correios de Angola entram em greve, hoje, Segunda-feira, 5 de Junho, devido ao incumprimento de pontos importantes que constam do caderno reivindicativo relacionados com o aumento salarial e a implementação do qualificador ocupacional. O caderno reivindicativo foi apresentado ao Conselho de Administração, mas este não respondeu nos prazos previstos por lei, o que fez com que fosse decretada a primeira greve, no dia 20 de Junho de 2022.

Depois de dois dias de greve, a mesma foi suspensa no dia 23 de Junho de 2022, porque o Conselho de Administração mostrara interesse em dar resposta a algumas reclamações dos trabalhadores, pelo que os pontos relacionados com o transporte dos trabalhadores e o refeitório interno ficaram sanados. Neste processo, tiveram dois encontros com a Inspecção Geral do Trabalho e foram aconselhados a observarem o princípio de boa-fé, nas promessas que a direcção da empresa apresentou, porque, na altura, a mesma mos- trava sinais de que estava com- prometida com a causa.

“O aumento salarial, a política habitacional, as condições de trabalho, o subsídio de alimentação, o subsídio de transporte, o plano de saúde, o seguro de acidente de trabalho, a valorização dos recursos humanos e, por último, a implementação do qualificador ocupacional, são as questões que levantamos no caderno”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios Telecomunicações e Afins de Luanda (STCTAL), Lourenço Francisco Afonso.

Durante este período de um ano, os funcionários tinham esperanças de que seriam materializados os pontos mais críticos do caderno reivindicativo relacionados com o aumento salarial e a implementação do qualificador ocupacional. Numa primeira fase, disse em entrevista exclusiva ao jornal OPAÍS, a greve vai decorrer no período de cinco dias, de Segunda a Sexta-feira, desta semana. Caso não haja um sinal da parte.

Ministério promete se pronunciar

O jornal OPAÍS tentou o contacto com a administração da Empresa de Correios e Telégrafos de Angola, mas foi remetido ao Ministério das Telecomunicações Tecnologias de informação e Comunicação Social (MINTTICS), como órgão de tutela. Neste órgão, tentamos o contacto desde a última Sexta-feira, 2 de Junho, com João Demba, director Nacional de informação e Comunicação institucional do MINTTICS, que prometeu se pronunciar nos próximos dias.