Carta do leitor: EPAL prejudica clientes ao estabelecer preços por estimativas

Carta do leitor: EPAL prejudica clientes ao estabelecer preços por estimativas

Exmo. Senhor Coordenador do Jornal OPAÍS. Cordiais saudações!

Tendo em atenção que este Jornal é bastante lido, tem servido de instrumentos para que o cidadão comum faça chegar as preocupações às autoridades governamentais, aproveito para tornar pública uma situação bastante pertinente.

Há sensivelmente uma semana ouvimos o presidente do Conselho de Administração da Empresa Provincial de Águas de Luanda (EPAL) anunciar que mais de 35 por cento dos moradores da Centralidade do Kilamba não pagam as suas contas de água. Até aqui julgo ser uma mensagem que deve levar as pessoas que estão nesta situação, não só do Kilamba, a reflectir sobre os prejuízos que têm causado ao Estado com tal atitude.

No entanto, sou de opinião que a EPAL deve também penitenciar-se sobre o seu método de cobrança. Isto porque a cobrança por estimativa tem sido bastante prejudicial para os clientes das centralidades, uma vez que chegam a pagar por água que não consomem. Já fiz várias reclamações e a resposta que tive é que devo fazer fotos todos os meses no contador para depois comprovar que não consumi os metros cúbicos que constam nas facturas. O que nem sempre é possível, atendendo às correrias do dia-a-dia.

Desde Maio do ano passado que a minha conta de água oscila entre 9.094,69 a 7.037, 62 Kwanzas. No princípio não dava a mínima importância, julgando ser o valor real. Porém, em Outubro trocamos o canhão da porta da casota do contador, passando a usar um cadeado. Para a minha surpresa e do vizinho com quem partilho o cacifo nunca apareceu um técnico da EPAL a solicitar para abrir a porta para fazerem leitura do contador.

Contudo, a quantidade e o preço da água consumida nos meses de Novembro e Dezembro foi o mesmo: 9.094,69 Kwanzas. Somos muitos os clientes a serem vítimas da EPAL no Kilamba. Sem outro assunto.