CASA-CE aberta a candidaturas independentes para as eleições autárquicas

CASA-CE aberta a candidaturas independentes para as eleições autárquicas

O responsável que falava a este jornal afirmou que a CASA-CE estará aberta a candidaturas independentes, acreditando que grande maioria dos seus candidatos a concorrer as autarquias poderá ser mesmo independente. André Mendes de Carvalho sublinhou que o seu grupo parlamentar está a ponderar a possibilidade de entregar à Assembleia Nacional os seus projectos referentes ao Pacote Legislativo Autárquico ou se vai simplesmente dedicar-se aos documentos já enviados pelo Executivo.

Já o vice-presidente para a acção política, Manuel Fernandes, em declarações, também, aO PAÍS, disse que esta força política coligada trabalha na remobilização da máquina e na identificação de candidatos, sendo este o maior desafio desta que é a terceira maior força política do país, neste ano pré-eleitoral para as primeiras eleições autárquicas, previstas para 2020. Manuel Fernandes avançou que depois de identificados os candidatos, os mesmos serão formados politicamente e dotados de uma certa capacidade de mobilização e de gestão. “Nós entendemos que um autarca não tem que ser um mobilizador para angariar votos, mas tem que saber dirigir porque se ele for eleito presidente de uma autarquia municipal vai ter que governar em prol dos municípios, por isso, tem que ser dotado de alguns conhecimentos administrativos”, disse.

Apoiar candidaturas

Reforçou que a CASA-CE vai apoiar os candidatos independentes ou qualquer outra personalidade que queira concorrer e que quiser contar com o apoio desta formação política. “Vamos apoiar sim, mobilizando a máquina política da CASA para trabalhar em torno destes candidatos independentes ou personalidades notáveis da sociedade civil que queiram concorrer e contar com o apoio da CASA-CE”, assegurou. Sustentou que o que se pretende é que o candidato seja um verdadeiro autarca e uma figura que esteja dotada de patriotismo e de uma capacidade de direcção capaz de governar para satisfazer os interesses dos munícipes e não simplesmente o militantismo ou a fidelidade partidária. A CASA-CE, fundada por Abel Chivukuvuku, em Abril de 2012, é a terceira força política mais importante na Assembleia Nacional, e conta com 16 deputados, tendo os primeiros saídos da legislatura de (2012-2017), e nas eleições de Agosto de 2017, obteve mais oito.

Crise de liderança

Presentemente, a “Casa” está a atravessar uma crise interna de liderança, após o acórdão nº 497/2018, processo nº 643, interposto pelos partidos políticos, datado de 14 de Agosto, que colocou o presidente do Conselho Presidencial, Abel Chivukuvuku em posição de desvantagem em relação aos seus principais colaboradores, em termos de hierarquia. Os partidos interpuseram um processo resultante da interpretação de poderes em relação à organização e funcionamento da coligação, o papel e as competências do ex-presidente do Conselho Presidencial. A decisão do Tribunal colocou Chivukuvuku como simples coordenador, em vez de presidente da coligação, cuja decisão não agradou aos chamados “independentes” da CASA-CE de que o ex-presidente faz parte.