“Casos 26 e 31” elevam para 73 casos positivos de Covid-19

“Casos 26 e 31” elevam para 73 casos positivos de Covid-19

Franco Mufinda, que falava na habitual actualização de dados, sobre a situação da pandemia no país, esclareceu que as duas pessoas que foram infectadas pelo novo Coronavírus já se encontram num dos centros de tratamento, para seguimento.

Disse que a criança de 10 anos reside no perímetro onde foi instalada a cerca sanitária do distrito urbano do Futungo, ao passo que a cidadã de 37 anos reside no bairro Hoji ya Henda, em Luanda.

O governante explicou ainda que do ponto de vista epidemiológico, o país tem, agora, 73 pessoas cujas análises dizem estar infectadas, das quais quatro terminaram em óbito, 18 estão recuperadas da doença e 51 continuam casos activos, sendo que um requer uma atenção especial. Do total, 45 são casos de transmissão local.

“No laboratório continuamos com um acumulado de pouco mais de 10 mil amostras colhidas, das quais 73 positivas 7.626 amostras negativas e o resto encontra- se em processamento”, disse.

Sobre a quarentena institucional, Franco Mufinda fez saber que em todo o país estão a ser controladas 1.102 pessoas, das quais 50 receberam alta médica, sendo 41 na província de Luanda, duas no Bié, uma na Lunda-Norte, duas na Huíla e quatro altas na província de Cabinda.

Entretanto, os casos suspeitos investigados chegam aos 453, enquanto os contactos sob vigilância são 1.120 pessoas.

O Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) não registou nas últimas 24 horas qualquer denúncia de violação de quarentena domiciliar. No entanto, recebeu 48 chamadas, todas relacionadas com pedidos de informação sobre a Covid-19.

O secretário de Estado para a Saúde Pública disse que a Comissão Multissectorial para Prevenção e Combate à Covid visitou as províncias do Moxico e Luanda- Norte e fez chegar um conjunto de materiais de bio-segurança e medicamentos para fazer face a outras endemias além da Covid-19.

Angola recebe mais de 25 toneladas de material de bio-segurança

Franco Mufinda anunciou que o país recebeu mais 25 toneladas de material de bio-segurança e hospitalar para aumentar cada vez mais a capacidade de resposta à Covid-19. Em termos de actividade realizada em cada província, destacou as palestras de sensibilização, formação de técnicos em gestão de casos da Covid- 19, vigilância epidemiológica e bio-segurança, bem como a desinfecção de locais públicos.

Sobre as medidas de protecção, recomendou a permanência das pessoas em casa, o uso obrigatório da máscara, a higienização das mãos e, sobretudo, o distanciamento físico social, omo orientações que todos devem seguir.

Mais de 15 mil cidadãos detidos durante o estado de emergência

O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior, sub-comissário Waldemar José, revelou, ontem, que 15.658 cidadãos foram detidos por várias infracções, nomeadamente 3.121 por desobediência à proibição do exercício da actividade de moto-táxi e 2.729 por excesso de lotação em automóveis.

O sub-comissário disse que 2.356 cidadãos foram detidos por desacato à autoridade, considerando um número muito elevado. 1.840 por desobediência a ordens de retorno à casa, 111 por celebração de cultos, bem como 169 cidadãos foram detidos por violação das cercas sanitárias nacional e provincial e 60 por especulação de preços. Estas informações constam no relatório sobre as actividades desenvolvidas pelas forças de defesa e segurança, no âmbito da protecção e combate à Covid-19, de 27 de Março a 25 de Maio.

Waldemar José disse que neste período, em que vigorou o estado de emergência, registou-se uma redução considerável de crimes, fruto do empenho, abnegação, prontidão e espírito de missão das forças envolvidas. Fez saber que durante esses 60 dias a sinistralidade rodoviária registou um decréscimo de 1.406 para 775 acidentes. Segundo os dados apresentados, dos acidentes registados nos últimos dois meses, 146 resultaram em morte contra as 327 ocorridas em igual período anterior. Registou-se ainda 748 feridos, contra os 1.927 ocorridos em igual período que antecedeu a este.

O porta-voz das forças de defesa e segurança da Comissão Multissetorial para o Controlo e Combate à Covid- 19 disse que, no capítulo da segurança pública, verificou- se um decréscimo de criminalidade na generalidade, com menos 3.791 crimes, dos quais foram esclarecidos 71,5 por cento.

Neste período de 60 dias, os efectivos da ordem pública detiveram 9.540 cidadãos. Waldemar José salientou que se verificou a diminuição de suspeitos da prática destes crimes. Neste sector, disse, diminuíram os crimes que atentam contra o sentimento de segurança da população, na ordem de menos 83 homicídios voluntários e menos 42 homicídios frustrados. Ocorreram menos 116 violações sexuais e parte desses crimes foram intra-domiciliares, em que a actuação policial é quase nula.

“Registamos também menos 1.144 ofensas corporais, menos 1.436 roubos, menos 1.709 furtos. Esses conjuntos de tipicidade criminais que acabamos de referir representam 35 por cento do conjunto de crimes verificados nos últimos 60 dias”, fez saber.

Por outro lado, Waldemar José disse que foram desmantelados e detidos 69 elementos pertencentes a nove grupos altamente perigosos. Esclareceu que 31 pessoas foram detidas por corrupção, duas por violação de quarentena obrigatória, 11 por posse ilegal de armas de fogo, cinco por agressão física às forças de defesa e segurança, três por atropelamento a agentes das forças, 81 por venda ambulante em dia impróprio, entre outros crimes.